terça-feira, 26 de julho de 2011

O que é que a Bahia tem?

BMMP!!!!
Tem calor;   tem sol; tem umidade;  tem comida gostosa mas muito temperada para quem amamenta;  tem dias maravilhosos;  tem dias que nem tanto; tem beiju;  tem BA TV com gente desaparecida; tem farofa de ovo;  tem Itapoan FM com os novos hits do verão; tem engarrafamento no meio do dia;  tem vó, tem bisa, tem primo, tem prima, tem tio, tem tia;  tem amigos e amigas;  tem cerveja, ou melhor, uma vontade incontrolável de cerveja;  tem o Baêa.
Toda vez que eu volto a Bahia me dá uma sensação de novidade.  Parece que eu nunca vivi aqui 29 anos da minha vida. Não sei se é a quantidade de programação que não me deixa ficar de perna para ar ou simplesmente a paixão por todos os detalhes desta cidade que me deixam radiante...  Desde que chegamos, cada dia temos uma programação diferente.  Logo no primeiro final de semana, minha mãe organizou um cozido aqui em casa para uma parte dos amigos, para apresentarmos formalmente minha filha à sociedade baiana.  Como diz minha prima, vou precisar distribuir senha para o povo para conseguir chamar todo mundo.  Vieram aproximadamente umas 20 pessoas, dentro de uma sala de apto.  Mas foi uma delicia...  Tinha familia, amigos, primo pequeno, primo grande, uma farra só... todo mundo encantado com a minha pequena.  O mais legal de apresentar a neném para a MINHA família, é  ouvir pelo menos UMA VEZ: “ela parece com você!!” Que felicidade!! Tudo bem que eu sei que minha filha é a cara do pai, e juro que não me incomodo com isso (até porque ela é linda!!), mas é tão bom ouvir que ela parece comigo!  Nem que seja no branco do olho, como diz meu primo!!  A gente carrega 9 meses uma criança, passa por uma cirurgia para ouvir que é a cara do pai....  só do pai.  O bacana é que minha filhota saiu branquinha de olho azul, parecendo uma gringa. Se não fosse a cara do pai, eu ia começar a ouvir as piadinhas do vizinho A, vizinho B....
No domingo seguinte, como boa baiana, fui assistir ao jogo do Baea.  Baiano que é baiano fala Baea e não Bahia.  É impressionante como todo jogo vira um evento aqui em Salvador.  Mesmo que seja para assistir pela televisão, todo mundo se programa.  Isso eu só vejo aqui.  Pois bem, levei minha filha, vestida a carater, para assistir ao jogo em um barzinho perto de casa.  É obvio que a geração antiga caiu matando em cima de mim por eu levar minha filha a um bar (teve até tio ligando 11 da noite, para dar queixa de mim a minha mãe), mas não dei conversa.  A filha é minha e eu levo para onde eu quiser e achar que devo.  Eu não sou maluca, então é obvio que analisei o bar antes e vi que não ia ter problema (o bar era aberto, e estava super tranquilo).  Ela ficou amarradona comigo e minhas amigas, dormindo, acordando, mamando (eu to craque em dar de mamar em público, completamente sem vergonha) e fazendo cocô.  Tive que trocá-la em cima da mesa, sob o olhar de curiosos, mas no biggy.  O Baea não ajudou, e acabou no zero a zero.  O importante é que mesmo pequenininha, minha filha já está entrando no ritmo baiano.  Só anda de pernoca de fora e pés descalços, um avanço para uma paulista que até outro dia só conhecia temperaturas até 20oC.
Nos outros dias, as vezes ficamos em casa com as outras gerações (vó e bisa), as vezes saimos, eu, ela e quem quiser.  Já fomos ao shopping e em breve iremos ao Bomfim, para a famosa benção.  Afinal, toda proteção é bem vinda não é mesmo?!?

sábado, 23 de julho de 2011

Bebê de primeira viagem

Primeira viagem do combo
Finalmente chegou a minha tão esperada viagam a Salvador.  Depois de dias passando frio, infernada dentro de um quarto com aquecedor, já não via a hora de chegar no calor da Bahia, cheirando a dendê e cerveja (sim, sempre tem gente bebendo cerveja na saída do aeroporto, independente da hora que você chegue – quem nunca notou, por favor note).  Estava um pouco preocupada com esta viagem, afinal, seria a primeira viagem da minha filhota e eu  sozinha, alone, by my self. Para me ajudar neste processo, segui a risca as dicas de uma grande amiga minha, que também tem um blog sobre o filhote dela.  Com tudo pronto e babysling a postos, lá fui eu para o aeroporto com meu neném.  Ela, para variar uma lady, foi quietinha, de olhão aberto, observando tudo que acontecia ao redor dela.  Modéstia a parte, TODO mundo parava para nos olhar passar (eu me sentindo o máximo, obvio), afinal, aqueles olhões azuis chamavam a atenção de todos!    Para passar no raio X, toda a equipe queria segurar minha filha no colo (êee se eles fossem simpaticos assim sempre, a vida seria tão mais fácil e as viagens tão mais rápidas!!) e se eu estivesse levando uma arma, ninguém ia perceber....   Antes de embarcar, dei o peito para ela em pleno aeroporto.  Fiquei amarradona no inicio, mas depois fiquei com medo de ter algum tarado por leite materno viajando, e fui para o cantinho... tanta coisa maluca que a gente escuta por aí, que na hora passa tudo pela cabeça da gente. É obvio que algumas coisas não podiam deixar de acontecer:  quando estavam finalizando o embarque, minha filha fez cocô.  Eu fiquei com tanto receio de trocá-la dentro do avião (a idéia de trocar um recém nascido naquele banheiro minúsculo me deixava horrorizada) que corri para o banheiro do aeroporto e troquei a fralda em tempo record, tadinha. Pelo menos, entrou pela primeira vez em um avião limpinha. No avião foi tudo as mil maravilhas.  Apesar dela não querer o peito nem chupeta na subida, ela ficou ótima toda viagem....  Precisei ir no banheiro e prontamente deixei minha pequena com minha colega de fila. Quando cheguei em SSA minha prima me disse que eu era doida de deixar minha filha com uma desconhecida, mas não consigo ver qual é o problema.  Ela não ia sumir com minha menina dentro de um avião não é mesmo?! Isso só acontece em filme com Judy Foster. Fiz meu xixi, e até consegui comer o sanduiche da TAM para matar a fome (eu comi um nugget no aeroporto e consegui sujar a cabeça careca da minha filha com molho barbecue, ai tive que deixar meus pedacinhos de frango de lado para lavar a cabeça da coitada).  Chegando em Salvador tudo foi só alegria.  Minha mãe estava parecendo uma criança recebendo um doce, só faltou entrar no saguão de embarque quando me viu.... (eu não, a neta).  Minha filha até agora não estranhou NADA.  Nem o avião, nem as pessoas (sim, porque desde o momento que ela chegou, ela passa de colo em colo), nem o berço, nem a casa...   Sim, ela observa tudo nos mínimos detalhes, e tenho certeza que ela sabe que está em um lugar diferente, mas tudo indica que está adorando a experiência.    Agora vai começar a fase de conhecer as pessoas.  Ontem já conheceu o priminho Lucas, de 3 anos, e ele ficou simplesmente alucinado por ela.  Era tanta exitação que até beijo na boca ela ganhou! Por ultimo, euzinha não tenho o que reclamar, a não ser a ausência de meu maridão.  Estar em casa cercada por minha familia com um calor de 28º graus é muito bom.  Acho que eu vou ficar um dias dentro de casa, só recebendo as pessoas, para depois começar a sair na rua, afinal, serão 20 dias para aproveitar!!!  Então, galera de Salvador, estamos na área!! Quem quiser fazer uma visitinha, é só ligar!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mãe babona

Quem pensa que ser mãe é fácil é porque ainda não tem filho. #prontofalei.   Nunca achei que eu ia ser aquela mãe babaca que acha que a filha é o máximo e que cada situação com o filho(a) passa a ser uma novela.  Uma amiga minha me disse certa vez que a primeira coisa que a gente aprende ao ser mãe é parar de dizer nunca.  Tudo que você achava que nunca ia fazer quando tivesse filho, você se pega fazendo sem ao menos perceber.
Minha primeira prova de fogo foi ontem no pediatra.  Como já relatei aqui em algum post passado, estava doida para furar a orelha de minha filha.  Fora o fato de confundirem minha pequena com um menino (não sei porque isso me irritava tanto e eu já estava a ponto de partir para a agressão em alguns casos…), eu sempre achei lindo bebê com brinco, e com minha filha não ia ser diferente.  O pediatra havia me pedido para esperar pelo menos 2 meses de vida da criança, então passei o mês de julho com uma ansiedade sem fim… ficava paquerando o brinquinho horas……  Pois bem, a hora finalmente chegou. Nem por um segundo eu pensei como este brinco ia parar na orelha da minha filha, e qual seria o ritual para isso.. fui super feliz ao pediatra levando meu amado brinquinho.  Nesta mesma visita, minha filha também ia tomar as vacinas do 2o mês de vida (duas injeções) mas até ai eu ainda estava achando tudo normal.
Quando chegamos no andar da tortura (as vacinas e o furo da orelha eram dados em uma area separada, com certeza para não assustar as outras crianças…), minha filha estava numa calma que Deus deu a ela, e eu já comecei a ficar nervosa.  Pensava: “tadinha, mal sabe ela o que vai acontecer…” fui ficando com dó dela antes mesmo de começar o processo.  Quando eu vi, era eu que estava entrando em desespero e ficando morrendo de medo da picada.  A tia da vacina chegou toda simpática e disse:  vamos furar a orelha primeiro, porque depois da vacina ela vai ser difícil furar...como assim?!?!?!?!?! O que ia acontecer com meu bebê??? O desespero foi aumentando.  A gota d’água foi quando a tia foi furar a orelha, e disse que não ia pegar no neném porque estava com as mãos frias, ou seja, era eu quem tinha que segurar a criança para que ela fizesse o serviço.  Não preciso nem dizer que amarelei.  TOTAL.  Pedi ao meu marido para que assumisse seu papel de pai e sai correndo da sala, tremendo e chorando… foi simplesmente desesperador ver minha bebê deitadinha na cama, toda linda, sabendo que ela ia sofrer nos segundos seguintes!!! 
Meus olhos azuis e meus brinquinhos....
Eu só voltei para a sala depois que o furo e as vacinas já haviam sido dadas…. e para a minha surpresa, minha filhota já estava sem chorar e LINDA de brinquinho.   Tudo bem que na hora pensei que o brinco tinha ficado muito grande, mas confesso que achei o máximo. Meu marido disse que ela chorou na hora da vacina, e que no furo, ela se assustou muito mais do que sofreu.
Que bom... pra variar, minha filha sempre uma lady! Após este episódio, não canso de beijar e abraçar minha filhota… acho que é um orgulho misturado com culpa por ela ter passado por este desafio tão bem, e eu nem tanto…
O resultado não poderia ser melhor:  minha filha vacinada e pronta para curtir seu 3o mês de vida, lindíssima com seus brincos de ouro e eu, feliz por aceitar ser uma típica mãe babona e babaca, lambendo eternamente sua cria!!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Here comes de sun...

Antes de mais nada, desculpem pela demora deste post.  No inicio desta semana, meu celular foi roubado e eu fiquei completamente perdida….  Não só pelo valor material em si (ainda nem paguei a primeira parcela - estou fazendo um trabalho psicológico de desapego) mas principalmente por todas as minhas informações que estavam ali dentro, incluindo fotos da minha pequena.  Mas, c’est la vie.  Espero que o ladrão entre para a estatística dos acidentados por explosões de celular sem motivo (vou incluir no meu trabalho psicológico o perdão alheio, mas acho que ainda não sou tão evoluída assim).
Enfim, vamos falar de coisa boa.  Esta semana o sol finalmente resolveu sorrir para os paulistanos e o tempo esquentou de novo…  Vocês não fazem idéia da felicidade que tomou conta de mim.  Quando meu marido me ligou para dizer que estava sol na rua (ele sai antes que eu acorde…) prontamente arrumei minha filha no bebê conforto e fui dar um passeio na pracinha com minha amiga.  Fora o lance do celular (foi nesta bendita pracinha), me senti o máximo passeando com minha filhota ao ar livre.  No dia seguinte, duas amigas minhas vieram me visitar e fomos almoçar em um restaurante aqui perto. Lá fui eu de novo com minha pequena no carrinho…. No restaurante, ela foi a sensação ao ficar no bebê conforto em cima da mesa.  Estou 100% mãe coruja, achando o máximo os elogios que meu bebê recebe.  Êee orgulho bobo!!!  Sempre achei bacana ser elogiada (quem não acha?!) mas elogiar sua filha é ainda melhor… Como diz uma amiga minha, não existe sensação melhor do que, após todos os elogios, você pensar consigo mesma: ela é minha, ela é minha!!!!!! Você se sente a pessoa mais sortuda do mundo, como se tivesse comprado aquele presente que você queria a um tempão (olha o bem material de novo, humpf – vem desapego!!!)
No dia seguinte, passeamos pelo bairro para comprar presentes dos amigos de Salvador… Até voltas no quintal eu dei com minha filha, só para aproveitar o sol…  Enquanto eu dava voltas em circulos, ela ficava amarradona olhando tudo ao redor (e eu, prontamente ia explicando tudo: aqui é o varal, a máquina de lavar, etc, etc).  Se o frio deixa a gente com triste, com a sensação de que não dá para fazer nada com o bebê, o Sol traz com ele uma felicidade absurda, juntamente com a sensação de poder.  Agora quero sair a qualquer minuto com a pequena. 
Com este clima, estou empolgada para fazer qualquer coisa na rua.  Ontem fomos jantar na casa de uns amigos, com direito a carne de sol e pirão de aipim. Para este final de semana, tenho vários planos!  Que sensação boa, fazer planos de sair no final de semana!! Até me inscrevi em um curso no domingo a tarde toda!  Tudo bem que vai ser um desafio ficar a tarde toda com minha filha em um curso, mas meu marido vai comigo e eu tô empolgadissima para tentar, afinal é um curso que eu queria muito fazer. Minha mãe disse para que eu não abrisse mão das coisas que gosto, então, quem sou eu para desobedecer?!?!
Quem imaginou que com este clima melhorando eu ia desistir de ir a Salvador, está completamente enganado. Agora mais do que nunca eu quero ir e aproveitar o tempo bom com minha familia!!!  Podem ir se preparando amigos, porque vou querer sair o tempo todo, passear na orla e pracinhas!  Agora só falta o pediatra liberar o banho de mar!!!
Fotos tiradas de minha pequena durante o passeio no quintal!

sábado, 9 de julho de 2011

Padrinhos e Madrinhas

Hoje oficializamos os dindos de minha filha.  Oficializamos quer dizer que comunicamos aos dois da responsabilidade para com o bebê.  Sim, porque ser dindo e dinda é uma grande desafio, ao meu ver.  Sempre tive clareza que padrinho e madrinha são os pais postiços de uma criança.  São aquelas pessoas que passam a ter uma responsabilidade, juntamente com os pais, na educação e crescimento do novo bebê, e que se algum dia precisar, assumirão o lugar do pais servindo de referência para o desenvolvimento do filhote.Quero deixar claro que para mim, padrinho e madrinha nada tem a ver com agradecimento.  Acho o fim você ter como padrinho uma pessoa que você nem conhece direito, só porque seus pais em algum momento ficaram com uma dívida.  Sacanagem.  Você perde a chance de ter alguém legal como referência para servir de moeda de troca.  Acho que escolher os padrinhos está no mesmo grupo da escolha do nome: os pais tem que pensar direitinho, porque vai ser para a vida toda do seu filho.  Eu, Graças a Deus, tenho que agradecer aos meus pais pelos meus padrinhos.  Eles são a minha referência em vários aspectos, e participam de cada segundo da minha vida (mesmo que seja online agora que eu estou longe!!! ) É isso que eu quero para minha filhota. Eu, por outro lado, tenho uma afilhada.  Umazinha mas linda, que é minha prima caçula.  Quando minha tia (a tal minha dinda) ficou grávida dela, eu tinha dez anos e nem dei opção:  disse que ia ser a madrinha e pronto.  A gente foi crescendo e o batizado nunca rolou, o que deu tempo suficiente para que minha prima crescesse e se quisesse, pudesse escolher outra dinda. Afinal, na época, eu era uma criança que só conseguia pensar no bebezinho lindo e loiro que ela era, sem saber da responsabilidade por trás desse meu pedido.  Para a minha felicidade, ela nunca cogitou mudar, e mesmo sem batizado, ela minha chama de dinda sempre.  Ela é meu xodó... apesar de muitas vezes eu tratá-la como irmã mais nova (coitada, como ela veio depois, a minha tendência é enxergá-la sempre como um bebê, querendo controlar e saber aonde foi, com quem, etc, esquecendo que ela cresceu e deixando ela em paz!!!). Escolher os padrinhos de um filho é uma das tarefas mais difíceis para os novos pais.  Principalmente, se eles estão cercados de tanta gente bacana como nós.  Cada pessoa presente nas nossas vidas, tem seu papel especial e a lista de candidatos é imensa.  Mas, como diz uma grande amiga minha, não precisa ser padrinho ou madrinha para participar do dia a dia de minha filha....  ela está cercada de tanta gente boa, que não vão faltar tios e tias cheios de amor!
Outra coisa importante nessa historia são os agregados: leia-se marido e mulher dos padrinhos. Para mim é fato que a gente escolhe o combo.  Se A é casado com B e A é o padrinho, B passa a ser madrinha automaticamente e vice versa; afinal, os valores e princípios de uma pessoa não são construídos sozinhos, principalmente o valor de família.  Se você pensar como eu sobre o papel dos padrinhos, vai entender.  Se quer que eles sejam responsáveis pela criação de seu filho, eles precisam ter uma boa estrutura familiar para conseguir transmitir os valores corretos.  Então, os agregados são essenciais para garantir a coerência das coisas. 
Para finalizar este post, quero mandar um beijo para minha dinda e meu dindo que me acompanham por este blog, minha afilhada linda que estou morrendo de saudades,  e aos padrinhos da minha filhota, que com certeza foi a melhor escolha que poderíamos ter.
Beijo também aos padrinhos e madrinhas postiças, que não cansam de ligar para saber de minha filhota e sempre arranjam tempo de fazer uma visitinha!!! 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Etiqueta do Frio

Não tem frase melhor para definir o frio de São Paulo: ta frio pra c%&#lho. Desculpem o palavrão, mas não tem jeito, é isso mesmo.  Em três anos em Sampa, tenho certeza que nunca peguei um frio desse, minha filha realmente foi sorteada.  Tudo bem que ficar mais tempo em casa piora as coisas, mas a verdade é que nem o aquecedor está dando conta.   Eu tenho que assumir que eu não sei me comportar no frio, principalmente com uma criança recém  nascida.
Que frio!!
Quando eu ainda não era mãe, o frio era amenizado quando eu chegava no trabalho.  Eu me enchia de roupa (modéstia parte, adoro me arrumar no frio, acho que chiquerrimo) e no trabalho sempre tinha aquecedor, então não sentia tanto... 
Depois do nascimento de minha filha, o bicho está pegando de verde e amarelo.  Temos dois aquecedores em casa, e deixamos os dois ligados o dia e a noite toda no máximo, para que os quartos fiquem no mínimo habitáveis.  Fora isso, a neném vive com duas roupinhas, para esquentar.  Essa é a parte fácil de resolver, agora vamos para as dúvidas.  Como boa baiana, tem coisas que eu não sei sobre o frio... Por exemplo, até que ponto um banho quente ajuda ou prejudica? Ou, sair de casa é realmente um vilão?  Posso ou não posso circular pela casa, saindo e entrando dos cômodos quentes?  E o pior, como é esse comportamento com um recém nascido???  Se eu for seguir a linha radical, nada pode com um recém nascido.  Mas me recuso a aceitar isso....  Se fosse, assim, crianças que nascessem em dezembro em Paris, não sobreviveriam na primeira visita ao medico.  Então, qual é meu limite?? O que posso e não posso fazer com minha filha neste inverno?
A pequena Buda no balde
Ontem a temperatura deu uma amenizada (19oC) e fui fazer compras com ela.  Tive que levá-la porque a casa estava sem comida e a empregada já havia saído.  Ela foi no bebê conforto toda coberta e dormiu quase o percurso todo.  Até aí, tudo bem. Voltei para casa feliz da vida por ter saído com ela. A noite, por conta do frio, demos banho de balde nela dentro do quarto com aquecedor no máximo.  Só para explicar aos leigos, o banho de balde é sempre mais rápido e mais relaxante do que na banheira, porém em termos de limpeza, é pior do que na banheira, por isso, só damos de vez em quando.  Ela AMA o balde (alias, todo bebê gosta...).  Fica relaxadona, sentadinha, parecendo o pequeno Buda na aguinha quente.... Porém, ontem de noite, depois do banho, ela ficou toda entupida (ela já estava, como já havia postado, mas acho que ontem ela estava piorzinha).  Fiz nebulização e enchi de soro fisiológico, mas mesmo assim ela demorou para dormir… Não sei se ela demorou para dormir por conta do nariz ou por gases (ela está reclamando disso também), mas a verdade é que me preocupei se ela estava assim por minha causa (não os gases, porque o pediatra já me mandou relaxar, porque nem sempre eles tem a ver com a minha alimentação.... já que eu to me comportando direitinho).  Será que eu estou fazendo alguma coisa errada???  Fui ao cinema e ao mercado feliz da vida achando que estava progredindo, mas agora questiono se isso prejudicou minha pequena.  O mesmo vale para o banho...  Será que o balde não é uma boa escolha?  Ou será que o percurso banheiro – quarto (porta a porta)  também não estava fazendo bem a ela??  Meu Deus, com as minhas paranóias minha filha vai ficar o inverno inteiro imunda, trancada no quarto sem tomar banho!!!  J   Brincadeiras a parte, saber o que é certo e o que é errado com um bebê, no frio, é muito difícil.  A vontade que dá é pegar o primeiro vôo para Salvador e morrer de calor por lá.  Pelo menos vou ter certeza que um bom banho e uma boa circulada pela pracinha vai fazer bem ao neném.  
Até lá, cada dia é uma novidade, vou analisando tudo aos poucos.  Verdade que estou um pouco traumatizada e acho que não vou sair de casa por uns dias, mas no final de semana acho que já vou arriscar mais uma sessão de cinema.  Meu marido disse que tudo bem sair, contanto que seja para entrar – sair em algum lugar, sem circular pela rua... então acho que um cinema no shopping se aplica.  Já outros programas, vou ter que analisar caso a caso, e ter um pouco mais de paciência para esperar o frio passar e poder curtir minha filha pela cidade.
Digo e repito: meninas, não tenham filho no inverno em São Paulo.  Vão para o Nordeste que é muito mais legal!!!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Freedom

Neste final de semana finalmente rompi a primeira barreira como mãe: levei minha filha para uma festinha de aniversário junina.  Eu sempre disse que minha filha ia me acompanhar para tudo, e que eu não ia ser uma mãe escrava de filho, então, essa festinha foi minha primeira ação em defesa desta tese.  Era pertinho de casa, e começava super cedo, então eu e meu marido achamos ok para primeira “baladinha” da neném.  A festa em si foi muito bacana, reencontrei amigos antigos, conheci amigos novos, e foi muito legal ver gente diferente fora do ambiente da minha casa (principalmente pelos inúmeros elogios que eu recebi em relação a minha aparência.  Teve gente que me perguntou como era ter filho tão nova aos 16… Prontamente corrigi que eu não tinha 16 e sim 22 - J ). 
Porém preciso afirmar que como mãe, eu não me senti muito bem.  Alias quero deixar claro que a primeira coisa que eu senti foi que existiam duas pessoas dentro de mim: uma mãe, extremamente preocupada com sua cria, e outra que estava adorando se divertir em um ambiente diferente. Essas duas travaram um duelo bizarro na festa.  Minha filha, pra variar se comportou super bem.  Dormiu quase o período inteiro, não se incomodou com o barulho e mamou direitinho em um ambiente estranho.  Eu que fui o problema.  Me incomodava deixar minha filha no canto da casa, enquanto eu estava do outro lado conversando.... me sentia super culpada em deixar a coitadinha sozinha (mesmo que ela estivesse dormindo no carrinho, amarradona) enquanto eu estava me divertindo como se não tivesse filho.  Toda hora eu ia ver se ela estava bem (ela nem tchum pra mim) até o momento que eu não agüentei e fui embora para a segurança da minha casa.  De acordo com meu marido, isso é paranóia minha.  Disse que eu tenho que aprender a lidar com esta situação, se eu vou querer levar minha filha para outros lugares....  concordo e assumo que surtei um pouquinho.  Como primeiro evento, acho que tenho crédito, não?!
Minha filhota apagada durante o filme
Dando continuidade ao meu grito de liberdade, resolvi encarar um outro evento, para testar minha paranóia.  Hoje à tarde fui ao cinema com minha pequena. Calma meu povo, foi para uma sessão especial somente para mães com bebês de até 18 meses (aliás meus parabéns à ONG CineMaterna, sensacional a iniciativa!!).  Outra realidade!!!  Me senti simplesmente o máximo.  Tudo elaborado especialmente para pessoas como eu, que amam cinema e que ainda não podem deixar o bebê sozinho.  Todo o cinema é preparado para os pequenos, desde a temperatura ambiente até a altura do som do filme.  Durante a sessão, minha pequena como sempre foi uma lady: mamou, dormiu, chorou um pouquinho e tornou a dormir.  Não se incomodou com nada….. fantástica.  Depois da sessão, rolou um encontro de mamães em um café do shopping, para incentivar a amizade, e lá fui eu de coração aberto doida para fazer amiguinhas.  Foi uma excelente tarde.  Principalmente porque depois, fiquei refletindo sobre os dois eventos, e cheguei a seguinte conclusão: o que mais me incomodou no primeiro evento não foi somente a preocupação com minha filha, e sim o fato de que o estilo do evento combinava com minha realidade antiga... farra sem filhos. Eu agora estava em outra vibe.. por mais que fosse bacana participar, estar lá conhecendo e conversando com novas pessoas, o estilo do evento não combinava com que era mais importante para mim: minha filha! 
Já no evento de hoje, tudo girava em torno dos pimpolhos: na sala do cinema tinha até brinquedos e trocadores, para que as mães e os nenéns ficassem o mais a vontade possível. E principalmente, todo mundo se encantava com minha filha, assim como eu me encantava com o filho de todo mundo.  Foi a primeira vez eu consegui unir o eu-antigo com o eu-mãe, e me diverti horrores!!!!! 
No final, foi bacana perceber estas duas realidades para ir trabalhando a cabeça para formar uma nova eu, que vai conseguir aproveitar todos os eventos sem culpa!
Para completar, usei pela primeira vez o fraldário do shopping (sempre tive curiosidade em conhecer estes ambientes de shopping...) e basta falar que este fraldário especificamente era mais chique do que o próprio quarto de minha filha.  Eu ia tirar uma foto, mas depois fiquei com vergonha... afinal, ser chique é manter a pose!!!