terça-feira, 20 de setembro de 2011

Maria Preguiça


Eu já ouvi inúmeras pessoas me dizerem que só iam dormir quando morressem.  Que a vida era muito preciosa para que a perdessemos dormindo.  Sempre discordei.  De forma sutil, sempre achei idiotisse dizer que não precisávamos dormir… Além do corpo precisar descansar (a natureza quem disse isso, não eu), dormir quando se está com sono é uma das sensações mais gostosas que tem.  Se eu já tinha este sentimento antes de virar mãe, agora que minhas horas de sono estão regradas, dormir se tornou um privilégio.  Não estou falando em dormir algumas horas, e sim, dormir sem nenhuma preocupação com horários, fraldas, choros ou qualquer outra coisa que interrompa aquela relação íntima entre você e os travesseiros.
De novo a natureza é sábia e minha filha, aos 4 meses, já deu indícios que puxou a mim.  Meu marido sempre dormiu pouco e nunca se preocupou com isso.  As vezes, ficavamos o dia em casa, sem nenhum compromisso e mesmo assim ele acordava cedo. Acordar cedo para ficar sem fazer nada, na minha concepção é quase um crime. 
Nos primeiros dias de Carolina eu li o mapa astral dela e lá já dizia que ela seria boa de cama; e não deu outra.  Desde que nasceu ela já dormia direitinho, suas três horinhas inicialmente e depois foi conquistando mais tempo.  Hoje em dia, após uma boa última mamada, ela já dorme até 7h seguidas, conseguindo ficar mais de 8h sem mamar.  Sim, porque existe uma diferença entre a quantidade de horas dormidas com o tempo que a criança fica sem mamar.  Se ela mamar as 10h, mas só conseguir dormir meia noite, você infelizmente já perdeu duas horas de sono.. a contagem é pelas mamadas, querida.  Imagine você, então, o meu desespero nos primeiros dias para colocar essa menina para dormir depois do peito.  Cada minuto que ela ficava acordada me deixava doida, porque significava que eu ia ter menos tempo para dormir. No meu caso, que PRECISO dormir para ser feliz, isso significava um mau humor do tamanho de São Paulo.  Ninguém se safava….só a pequena, que não entendia nada mesmo. Tenho certeza que meu marido tinha vontade de me trancar  em um quartinho, igual a bicho.
Mas agora tudo mudou, graças a Deus e ao NAN. Além do leite materno, introduzi 30ml de leite em pó na última mamada da minha pequena, e agora consigo até ver televisão antes de dormir, sem culpa.  E ela não só dorme bem, como está pegando no sono rápido (pode ter a ver com a mudança da trilha sonora que venho cantando ultimamente)!   Na noite em si, eu ainda não consigo dormir a mesma quantidade de tempo que a neném, porque ainda acordo no meio da noite para confirmar que está tudo bem (já descobri que preocupação de mãe não muda com leite em pó), mas o bacana é que  minha filha dorme bem a noite E pela manhã também, o que me permite  descansar bem.  Hoje mesmo, ela dormiu 7h seguidas, acordou, mamou, brincamos um pouquinho e ela dormiu mais 5h.  Antes que perguntem, o medico disse que isso é normal, e que eu não devo acordá-la.  Uhuuuuuuuu.  Só me resta dormir de novo! 
Minha meta agora é que ela durma 8h seguidas, começando umas 22h, para já entrarmos no ritmo de quando eu voltar ao trabalho.   O pediatra já até me ensinou alguns macetes para facilitar, que eu conto depois.  Tudo bem que eu vou ter que parar com a paranoia de acordar de madrugada para checar na respiração da pequena, afinal, quero continuar indo a academia, e o único horário que vou ter é de manhã cedinho….
PS:  agora são 14h45 e a neném já está tirando o cochilo da tarde.  Eeee vida boa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Continua Lindo...


Garota Carioca
O Rio de Janeiro realmente é o Rio de Janeiro.  Por mais que algumas pessoas queiram citar inúmeros defeitos da cidade (eu, inclusive!), toda vez que volto de lá, tenho a mesma sensação: ele continua lindo!  Esta viagem especificamente foi especial: foi a primeira vez de Carolina na cidade maravilhosa.  
Tudo começou com minha cunhada Xuxu, fazendo chantagem emocional para que eu passasse o aniversário de meu irmão no Rio, pois ele estava meio borocoxô de não ter ido a Salvador.  Decidimos então em fazer uma surpresa para ele, aproveitando que ele estava atolado de trabalho e nem desconfiava que a gente estava se falando.  Após horas de telefonemas e mensagens secretas via FaceBook, finalmente chegamos no Rio de mala, cuia, carrinho, bebê conforto, banheira inflável em formato de Pato e ah, sim, um neném de 4 meses.  Me senti a retirante mor, juro.  Basta falar que quase não conseguimos colocar tudo no carro. Xuxu deu a idéia de irmos no trabalho de meu irmão logo em seguida do aeroporto, para que ele já visse que a gente tinha chegado e não tivesse um troço ao chegar em casa e encontrar a luz acesa e gente andando.  A desculpa que ela deu foi que tinha esquecido a chave de casa e ele precisava emprestar a chave dele.  O bobão desceu puto da vida com a mulher (homem é realmente tudo igual) e só se deu conta de que a gente estava no carro quando abriu a porta deu de cara com Carolina (mesmo com um carrinho e inúmeras malas no banco da frente).  O bichinho começou a tremer e ficou todo nervoso, tadinho.  Neste momento, já tinha certeza que a viagem tinha valido a pena.  
Finalizadas as surpresas, o final de semana foi maravilhoso.  Carolina curtiu o colo dos dindos, titios e das irmãs como nunca. Alias, é muito bom eventos de familia assim, porque todo mundo quer dar colo para a nénem, e até chegar a vez dos pais, demoooora…. Meus bracinhos magros agradecem.
Fizemos de tudo no final de semena: passeios em feirinha (com direito a compras) farras em casa, farra na casa dos vizinhos (maravilhosos vizinhos diga-se de passagem:  basta pontuar que vizinho Antonio, toda vez que visita meu irmão leva comida ou uma caixa de ferramenta para consertar alguma coisa.  Quando eu estava lá, ele levou bacalhau ao forno com batatas e consertou a tampa da privada que estava quebrada), chopp nos bares cariocas (AMO!!! E sim, tomei meu primeiro choppinho seguindo a orientação de minha amiga Nanna Pretto.  Foi tudo bem…) e fechamos com chave de ouro com um jantar m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o de aniversário para meu irmão.
Carolina parecia que estava em casa.  Alias, foi a primeira vez que me hospedei na casa de meu irmão e amei de paixão.  Primeiro porque é engraçado pensar que meu irmão caçula agora tem mulher e uma casa só dele, e segundo, porque eles me deixaram tão confortáveis, que eu realmente me senti em casa.  Até os escândalos noturnos de Carolina eram compartihados por todos (sim, porque quando esta criança está com fome ou sono, ninguém segura.  Parece a mãe).  É verdade que na primeira noite que Carolzinha chorou horrores meu irmão ficou doido e a primeira frase dele para Xuxu foi: Rapaz, não estou preparado para ser pai não… faz o que quando a criança chora assim?!!?!?  Ha – ha – ha.  Já Xuxu, tirou de letra.  No final da viagem já estava dando leite na mamadeira, trocando fralda e colocando para dormir.  O mais engraçado é que ela é loira, branquinha e de olhos verdes, ou seja, Carolina parece ser mais filha dela do que minha!  Só de sacanagem, falei que quando Carolina crescesse, ia comprar um uniforme de babá para ela me acompanhar ao baixo Bebê, junto com os globais.
Acho que foi a primeira vez que me vi morando no Rio.   Tinha esquecido de como era bom ter as duas famílias ao redor, e principalmente, como foi bom para minha filha, ficar cercada não só pela minha família, como pela do pai também.  O convívio com as irmãs, os tios vai ser cada vez mais importante no dia a dia da minha pequena.
Quem sabe um dia?!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nana Neném...


Minha Carol Simpson que daqui a pouco vai
cantar comigo!
Cantiga de roda é uma onda mesmo.  Logo que Carolina nasceu, uma amiga minha me deu de presente um CD de cantigas de roda personalizadas, ou seja, eles incluiam o nome de Carolina no meio das músicas, do tipo “… se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhantes só para ver Carol passar”.  Logo que comecei a ouvir achei lindo ver o nome da minha filha assim, até chegar na parte da Canoa que vira.  Quando começou a dizer que minha filha tinha sido a culpada por deixar a porcaria da canoa virar, e que só se eu fosse um peixinho eu tiraria minha filha do mar, me retei.  Como assim minha filha ia ficar no fundo do mar só porque eu não era um peixinho????  Por mais que a gente esteja super acostumada com a música, fica bizarro ouvir o nome da sua filha no fundo do mar.   Fora isso, o CD é muito legal.  Tem várias músicas das antigas, que eu não ouvia a um tempão e que me trouxeram várias recordações.
Como sempre gostei de música, uma das coisas que não podia deixar de ter no quartinho de Carol era um som.  Assim que ganhamos, tratei de comprar alguns CDs for babies (beatles, ganhamos Chico Buarque) e as irmãs de Carol deram a ela vários Cds de música clássica, de ninar, entre outros.  Um em particular me faz rir todas as vezes que coloco: é um Sing Along das clássicas cantigas de roda, ou seja, só instrumental, para você cantar em cima.  Tudo caminha bem até metade das músicas, quando eu descubro que não lembro mais de p. nenhuma.  Por exemplo, cai cai balão aqui na minha mão, não cai não… CAI AONDE??? Não consigo lembrar aonde cai o balão. Só sei que tem que rimar com ÃO, então canto cai na rua do sabão e vamo que vamo; Carol não vai saber mesmo.   Igual a essas tem várias.  O tal do sapo cururu, eu só consigo lembrar da versão pornográfica, porque fui aprender outro dia que existia uma tal de mulher do sapo fazendo alguma coisa para o casamento.
Música é uma das coisas que eu mais gosto. Para mim, tudo fica melhor com um fundo musical, e consequentemente, minha filha vai crescer neste ambiente.  Para compensar minha deficiência nas cantigas de roda, acabo cantando para ela músicas atuais e clássicas para mim, como Raul Seixas.  Minha vó outro dia ficou horrorizada quando me viu cantar Maluco Beleza, mas eu me sentia o máximo, porque sabia a letra toda!!!!  Sem contar que as cantigas são curtinhas, então ou você sabe várias, ou precisa ficar repetindo umas 5 vezes a mesma música.  Já as músicas normais não….  Por isso, eu estipulo normalmente um tema para a noite, tipo, hoje vou cantar Legião, aí canto só música da Legião Urbana (ela normalmente dorme no meio de Faroeste Cabloco ou Eduardo e Mônica), outro dia Raul, Nando Reis, etc.  Teve um dia que cantei até o hino nacional.  Mas cai na mesma armadilha de não saber o final.  A segunda parte é f. e inventar deve ser crime né?!
Se eu não levo jeito para as músicas de ninar, cada vez mais existem produtos que me ajudam.  Neste momento estou no meu quarto com a rádio NET ligada na estação KIDs, e estou maravilhada com a quantidade de músicas bacanas que passam, cantadas por artistas renomados como Elba Ramalho, Simone, Lucinha Lins e até a chata da Maria Rita.   No Iphone, tem vários aplicativos da Galinha Pintadinha que são muito legais, que Carol JÁ fica quietinha olhando….  Esse mundo de bebê / criança me encanta muito.  Adoro essas coisas infantis, hellokitty, cuticuti. Podem me chamar de infantilóide, mas não ligo.  Ainda bem que minha primeira filha foi menina….