sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Away from home

Então chegou o momento de ficar longe da minha filha.  Em meados de janeiro, meu chefe querido me ofereceu uma excelente oportunidade: participar de um evento em Miami, Florida. Alem de ser um mega evento na minha área na qual eu teria a oportunidade de aprender muito com experts, seria minha primeira viagem internacional (entende-se para fora da America Latina) pela empresa.  Nao preciso dizer que eu surtei de felicidade.  Surtei pelo reconhecimento que tive, surtei pelo aprendizado que iria ter, surtei pelas compras que eu iria fazer.... Por mais que eu tivesse consciência que iria passar 4 dias fora, a euforia da viagem estava de certa forma escondendo todo o sentimento de saudade que eu estava prestes a experimentar....
Chegando o grande dia, me despedi de todos e dei um beijo especial na minha pequena, apesar dela não fazer idéia do que estava acontecendo.  Tudo correu bem nas minhas primeiras horas de chegada: update no telefone com meu marido, fotos por email, tudo que eu tenho direito.  Cheguei a noite, então estava tão cansada com a viagem que até consegui descansar e dormir sem pensar muito na saudade, afinal, ela estava cercada pela família e meu marido é sem sombra de dúvidas um excelente pai.
Tudo ia as mil maravilhas até o primeiro sms do meu marido com o update: a pequena foi a praia. Simplesmente não tenho palavras para descrever a cara que eu fiz ao ler o texto, mas consigo transcrever meus exatos pensamentos (por favor leiam gritando porque foi exatamente assim que soou na minha cabeça): QUEM MANDOU LEVAR A BEBÊ PRA PRAIA????????? No mesmo momento, uma série de perguntas começaram a povoar minha mente: ela estava de protetor? Usava a fralda correta? Estava com o chapeuzinho? Tinha sombreiro??? Após o momento mãe-protetora-retada-por-não-ter-sido-comunicada um outro sentimento, ainda mais forte, tomou conta de mim: minha fiiha foi a primeira vez a praia e eu não estava lá com ela.  Eu não vi sua carinha quando encostou o pé na areia, ou se gostou do banho de mar o tanto que gostou do banho de piscina. Fiquei arrasada #prontofalei.  Muita gente critica as mães que trabalham e afirmam que isso impacta diretamente na criação dos fillhos. Eu particularmente (e óbvio!) não acredito nisso e não vou entrar no mérito desse assunto, mas o que ninguém fala é o estado que a mãe fica em não poder estar o tempo todo ao lado da sua filha.  Independente do trabalho, toda mãe quer estar presente em TODOS os momentos importantes da sua cria, e eu digo TODOS.   Quando penso na quantidade de eventos que minha filha vai ter na vida, eu sinto um aperto no coracao.....
A verdade é que cada mulher sabe o que precisa.  Eu, por exemplo, me sinto realizada profissionalmente por estar aqui em Miami estes dias,e com certeza, se eu não viesse, ia ficar arrasada também. Me conformei em saber que outros banhos de mar virão e eu estarei lá segurando e mergulhando com a minha filha. Então estou tentando fazer o seguinte: enquanto estou aqui, vou tentar aproveitar ao máximo esta oportunidade que recebi.  Presto atenção redobrada em todas as palestras, faço contato com todo mundo que posso e vou me acabar no outlet.  Quando voltar para casa, serei  100% maezona.  Acho até que vou dormir no berço só para ficar mais perto de Carolina. De resto, vou rezar toda noite para que minha filha entenda que me esforço a cada minuto para ser a melhor mãe que eu puder, e que trabalhar faz parte da minha personalidade e de meus valores. Rezo para que ela entenda também que a cada momento que eu estiver fora, eu estou pensado nela e em mim,  porque afinal, também sou filha de deus e isso não faz de mim uma pessoa ruim.  E se toda essa reza não funcionar, vou entupir essa criança de presente das minhas viagens, para que ela fique feliz da vida quando eu voltar!!!!


Enviado via iPad

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Tchauzinho

Eu nunca tive paciência para aquelas mães que expoem seus filhos como marionetes.  É só você chegar perto de uma criancinha, que a mãe já começa:  filho, mostra pra a tia como o au-au faz!!  Ai a criança prontamente faz: Au, Au! Todo feliz, crente que descobriu o Brasil.  Porra, se a mãe pede para ele mostrar como o Au Au faz, o menino não vai fazer Miau, certo!?  Enfim. Resta a tia aqui dar risadinha, falar que fofo e correr para o outro cômodo da sala para tomar uma cerveja. A natureza é tão sábia que ela dá pelo menos 1 dia de diferença entre as descobertas, para que as mães tenham tempo para contar para todo mundo, e lá ia eu, cerveja atrás de cerveja, bicho atrás de bicho!! 
Bem, era assim que eu pensava até alguns meses atrás, quando minha pequena, aos pouquinhos, foi descobrindo os pés, as mãos, os brinquedinhos…  Da noite para o dia, aprendeu a sentar sozinha, a falar dá dá dá (mamãe que é bom nada) e já está quase engatinhando. 
A última dela foi aprender a dar tchau, ou seja, balancar a mãozinha quando a gente fala: tchau carol!  Tudo começou quando a tia do berçário me disse: “olha, ela já dá tchauzinho.  Não é para todo mundo, mas para mim ela dá”. Sim. E?  Sai de lá retada. Como assim “para mim ela dá”?!  Quem ela pensava que era?  Se Carolina tivesse que escolher alguém para dar tchauzinho, seria eu, óbvio, e talvez o pai.  Realmente essa galera do berçário me surpreende. Cheguei em casa e fui direto provar que eu estava certa: sentei a criança na cama e comecei a dar tchau que nem uma doida. Dei tchau de todos os jeitos: estabanado, de mão fechada, de mão aberta, de miss, tudo quanto é tipo (e sim, existem vários tipos de tchauzinho).  Carolina ficou sentadinha, me olhando e dando risada.  Tchau que era bom, nada. 
Depois de quase uma hora de tentativas frustadas, ela me ignorou, comeu e tirou uma soneca.  Minha vontade era acordar a menina só para continuar o treinamento intensivo.  Nunca que eu ia voltar naquela escola sem saber como minha filha dava tchau! Quando ela acordou, resolvi fazer a última tentativa e eis que, como quem não quer nada, lá foi ela levantando a mãozinha… e…. TCHAU! Linda, sorrindo, como uma miss.  Enquanto ela abanava a mãozinha,  os dedinhos balançavam no ar aleatoriamente, como se estivessem aprendendo a se comportar com esse movimento estranho: simplesmente linda de morrer.  Eu fiquei tão feliz, mas tão feliz, que fiz a criança dar tchau umas trocentas vezes só para garantir.  Depois desse momento, finalmente entendi a tal mãe do au-au.  A felicidade em ver sua filha desenvolver é tão grande, mas tão grande que você quer compartilhar com todo mundo!  E dane-se aquela amiga sem filho que não tem paciência e prefere tomar cerveja: ela vai ter que assistir e no final vai ser obrigada a dizer que minha filha é linda.
Para garantir que TODO mundo ia ver o tchau da minha filhota, aproveitei o momento “over” tchauzinho e fiz um filme da pequena.  Agora, já que não consigo mostrar pessoalmente para todo mundo, mando o videozinho e aguardo os comentários!!  
O mais legal disso tudo é que ela está no começo dessa jornada, e ainda tem inúmeras descobertas pela frente....  por isso, podem ir se preparando, porque eu vou encher vocês de filmezinhos e no nosso próximo encontro, a primeira coisa que eu vou falar é:  Carol, mostra pra a tia!? :) 


domingo, 1 de janeiro de 2012

To my lovely Carolina


Querida Carolina,

É sua mãe. Tudo bom com você?  Hoje é o primeiro dia de seu novo ano e eu achei por bem te fazer um resumo do que aconteceu neste ano que passou (já que você estava mais preocupada com a quantidade de leite existente no planeta do que qualquer outra coisa). 
Vou tentar ser rápida e sucinta.  Você nasceu em São Paulo, num frio lascado, ao contrário de seus pais. Você vai crescer sendo chamada de baiana e carioca, e peço que, por favor, não estranhe.  Apesar da nossa família hoje morar em São Paulo e amar de paixão essa cidade, nossas raízes estão sempre voltadas para as praias cariocas e a alegria baiana.  Por isso, filha, vamos tentar passar para você o melhor das três cidades…. E de quebra vamos nos esforçar para que você não fale “meu”. 
Depois que você chegou, o mundo passou a correr em uma velocidade assustadora.  Um dia você era um ser pequenininho, molenga que só tinha nariz, e depois de pouco tempo, seus olhos já ficaram azuis, suas bochechas cresceram e você se tornou a bebê mais linda desse mundo (modéstia a parte). 
Neste ano que passou, você já viajou de avião 8 vezes.  Já foi duas vezes para Salvador  e duas para o Rio, conhecer seus familiares e amigos.  Não preciso dizer que foi uma farra só.  Cada dia era uma pessoa diferente querendo te conhecer, e 24h foi pouco para conseguirmos cumprir uma agenda de visitas concorridíssima. Você se tornou a sensação das duas famílias.  A sua evolução aérea também foi visível.  Nos primeiros vôos você só dormia (o que papai e mamãe agradecem), porém neste último já quis brincar o vôo todo e nos deu uma baita canseira!!
Em 2011, você aprendeu a sentar, emitir sons que só você sabe o que significa e a comer frutas diversas.  Adora banana, maçã e pêra, e estou suando para fazer com que você goste de comer papinha salgada.  Mudou do leite materno para o leite em pó sem problemas, e aprendeu a beber água, o que me faz rir toda a vez… é uma onda conhecer alguém que nunca tinha bebido água antes…isso é uma das coisas que a gente sempre acha que nasceu sabendo… pois é filha,  minha vida com você agora é vivendo e aprendendo a cada dia. 
Seu primeiro Natal e Réveillon foram fantásticos, se assim posso dizer.  No Natal, você acabou dormindo cedo, deixando seus pais e família na farra até as 4 da manhã.  Já no Réveillon foram outros quinhentos: você foi para uma festa em Copacabana, com direito a fogos e tudo.  Ficou dançando com a gente até 3 da manhã e nem se assustou com o barulho dos fogos.  Eu, por outro lado, abri mão de assisti-los para ficar ao seu lado, te olhando e te desejando tudo de maravilhoso para este novo ano. Realmente foi especial.
Agora para o ano que vem, tenho algumas expectativas que tomo a liberdade de compartilhar com você.  Por favor, não se sinta pressionada, até porque tenho certeza que tudo que eu disser será pouco, comparado a sua esperteza e a rapidez que você se desenvolve.
É nóis no ano novo!!
Primeiro pedido: fale logo “mamãe”.  Não aguento de tanta ansiedade em te ver me chamando no meio de todo mundo…(eita orgulho!).  Segundo: aprenda a andar com cautela.  Não precisa ter pressa em sair correndo atrás de tudo… faça tudo no seu tempo, devagar, que você vai longe.  Se ligue que moramos em uma casa com dois andares, então a escada é lugar proibido para você ok?!  Terceiro: você vai começar a passar um tempo na casa de sua avó, seus tios e de sua dinda.  Morando em cidades diferentes, você vai precisar desde cedo a dormir na casa de parentes, não só para poder conviver com eles, como também para que mamãe e papai possam ter um tempinho só para eles (afinal ninguém é de ferro).  Saiba desde já que isso é normal, e não significa que a gente não te ame.   Por último minha filha querida, meu maior pedido: mantenha esse seu excelente humor que Deus te deu.  Continue rindo de tudo e para todos.  Para mim Carolina, isso é o segredo para ser feliz.  
De resto, a gente vai levando.  Estaremos sempre ao seu lado, papai e eu, para o que você precisar.  E para te mimar ainda mais, você está cercada de tios, tias, avós, avôs, irmãs que estarão sempre prontos para atender ao que você pedir…
Que você tenha um excelente 2012. Te amo minha linda.
Beijos,
Mamãe.

domingo, 11 de dezembro de 2011

O bichinho da gripe


Não sei se já contei aqui sobre o dia que eu achei que Carolina tinha parado de respirar.  Ela tinha um pouco mais de um mês e eu e meu marido estavamos testando qual era o melhor horário para dar banho na criança, já que cada hora alguém falava uma coisa.  Por conta do frio que estava fazendo na cidade, resolvemos testar pela primeira vez dar banho na pequena durante o dia, o que a fez relaxar como nunca.
Pois bem, quando fui pegar a neném para mamar, ela estava dormindo tão profundamente que eu achei que ela tinha morrido.  Juro.  Eu fiquei tão desesperada que simplesmente perdi a voz e não consegui chamar meu marido.  Eu tentava gritar GUILHERME, e nada. Meu desespero era tão grande que eu não tinha coragem de tocar na criança e consequentemente não notei que ela respirava normalmente e se duvidar estava até rindo da minha cara.  É óbvio que quando meu marido apareceu, ele me deu um esporro daqueles, não só por não ter identificado que a minha própria filha estava dormindo mas porque se realmente ela estivesse passando mal, eu tinha que estar preparada para tomar alguma providência.  Chato.  E com razão (tudo bem que depois que ele viu que eu chorava compulsivamente, ele se sentiu mal e veio me consolar da minha própria loucura).  A verdade é  que ainda vou passar por vários sufocos com a minha filha, e tenho que ter controle emocional para lidar com eles.  Imagina se ela me aparece com catapora???  Ou se ela cair no chão? 
Com a entrada de Carolina na escola, eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela ia chegar com alguma novidade.  No inicio, fiquei um pouco paranóica com o fato de minha pequena pegar qualquer tipo de doença, afinal ela ainda é tão pequenininha…. Mas não tem jeito, não existe ser mais doente do que criança.  Em qualquer lugar que você vá, sempre tem uma fungando, espirrando ou tossindo, então era só mesmo uma questão de tempo até minha filhota ser “batizada”. 
A gripe chegou a 10 dias atrás. Depois de 1 mês na escolinha, ela pegou uma gripe daquelas, que não conseguia dormir de tão entupida.  Tadinha… o pior era ver o desespero dela em não entender o que estava acontecendo, afinal, até pouco tempo atrás ela respirava e o ar entrava pelo nariz normalmente, como era que agora não estava funcionando?!?!?  Ela ficava nervosa de lá, e eu nervosa de cá, doida para sugar com qualquer coisa aquele narizinho minúsculo só para dar uma aliviada…. A bichinha só conseguiu dormir lá para as 5h da manhã e deve ter sido pelo cansaço absurdo e não porque tinha melhorado. 
No dia seguinte, ou melhor, poucas horas depois eu já liguei para o pediatra desesperada pedindo orientações.  Aliás um parenteses para os pediatras.  O pessoal deve amar muito o que faz porque aguentar mães histéricas e pitizentas deve ser a pior coisa nesse mundo (tudo bem que eu sou até comportada).  Cá estava eu com uma filha gripada, ligando para ele como se minha filha estivesse morrendo.  Tenha paciência!!!  Mas ele foi super gentil comigo, me tranquilizou e me indicou um remédio para a criança.  Santo homem.  Só faltou recomendar um calmante para mim, mas, beleza. Eu li uma vez que o pediatra não é o médico da criança e sim da mãe.  CERTEZA.  Eu me arrumo toda para ir ao pediatra e fico toda nervosa quando entro no consultório, morrendo de medo de falar besteira e querendo agradar o tempo todo.  Talvez meu subconsicente ache que com isso ele vai cuidar melhor de minha filha….  Mãe de primeira viagem é mesmo retardada.  Fazer o que? 
Passei o dia com Carolina em casa, fazendo nebulização de 3h em 3h e colocando soro a cada minuto.  Acho que hidratei a criança por anos, tamanha foi a quantidade de soro que eu coloquei durante o dia.
Na noite seguinte, já com o remédio, Carolina dormiu bem melhor e já conseguiu colocar para fora alguma coisa pelo nariz.  É muito engraçado presenciar isso.  Ela faz uma cara de quem não está entendendo o que está acontecendo com o nariz, faz um pouquinho de força e pronto, alguma coisa sai.  Mesmo assim ainda fica um tempinho irritada, porque é obvio que continua entupida... (quem dera se nessa idade a criança já soubesse assoar o nariz. Metade desses problemas já teriam sido resolvidos com um lenço).  
Depois de 7 dias tomando remédio e lutando para fazer nebulização, ela ficou melhor.  Colocar soro virou uma diversão (também ela não tem muita opção) e o clima da cidade deu uma melhorada. Eu, se querem saber, soube lidar muito bem com esta situação.  Fiquei em casa com minha filha quando foi preciso, dei o remédio direitinho e fiz tudo que estava a meu alcance para que ela se sentisse melhor.   Até eu ficar doente.  Aliás, as mulheres, assim que virassem mães, podiam se tornar imunes a qualquer doença, para conseguir cuidar de todo mundo sem medo. Depois de cuidar da minha filha por 7 dias, tive que cuidar de mim….mas aí foi mais fácil, afinal, eu já consigo assoar o nariz!!

sábado, 19 de novembro de 2011

The Wedding of the Year


Casamento sempre é motivo de alegria: quando é do seu irmão mais novo então...
Eu estava ansiosa por este casamento a mais ou menos um ano.  Quando meu irmão e minha cunhada decidiram que iriam se casar (leia-se fazer uma festa de casamento, porque eles já moravam juntos e para mim morar junto é casar  #prontofalei) eu já comecei a pensar como seria a nossa participação nessa festa.  Sim, nossa porque minha filha já teria nascido e minha vida já teria mudado completamente.  Como seria a participação do meu bebê na festa? Ela teria tamanho para curtir alguma coisa?  Eu ia conseguir aproveitar?  Ela ainda estaria mamando no peito?  Como eu ia usar um vestido com o peito cheio de leite? Eu ia caber em um vestido?
Meu irmão casou no inicio de novembro e Carolina já estava com quase 6 meses.  O casamento se tornou um fim de semana de altas farras e risadas.  Chegamos na sexta feira em Salvador (o melhor de morar em São Paulo é ver a cara dos paulistas quando eu digo que tenho que dar um pulinho ali na Bahia) e a programação já começou na própria sexta a noite.  Apesar do casamento ser somente no sábado, a familia da noiva já tinha providenciado barris de chopp para começar a comemoração em grande estilo.  Só para registrar:  a familia da noiva é uma onda.  Normalmente existe uma certa distância entre familias quando o assunto é casal, mas no caso dessa, todo mundo faz questão de se misturar…. É tanta gente bacana junta que até um simples almoço de domingo vira uma festa!!!  Pois bem, o mais legal da sexta feira foi poder curtir com minha filha.  Carolina, para variar, passava de colo em colo, sorrindo para todo mundo, dormindo de vez em quando, mas sempre, sempre alegre. Fez várias amizades e ficou com a gente até 1 da manhã.  Na hora de dormir, ela estranhou um pouco o lugar e a agitação, mas nada  que a impedisse que aproveitar. 
No final de semana eu até tentei tomar um banho de piscina com ela: viajei toda equipada com mini biquini combinando com um chapeuzinho, protetor solar 90 KIDs, 28 fraldas de banho… e foi só ela colocar o pezinho na água para abrir o berreiro.  E eu tive que deixar a máquina fotográfica de lado (sim a maquina já estava a postos para tirar lindas fotos de meu bebê sorrindo e brincando com a água….) e correr para acalmá-la.  Sacanagem.  Ter filha paulista dá nisso…. Cheia de não-me-toque. :)
Carolina e noivo Dindão
O casamento foi maravilhoso.  Aconteceu em uma casa em Interlagos e nada, simplesmente nada deu errado.  Minha cunhada estava maravilhosa parecendo uma noiva de revista, todo mundo estava lá, minha mãe arrasou em um vestido vermelho estilo só-faltam-as-castanholas e meu irmão, ahh meu irmão estava simplesmente lindo.  Que eu sou doida por meu irmão todo mundo sabe, mas neste dia, ele estava um ele nervoso gaiato e sensível que era lindo de ver.  Eu acho o máximo que meu irmão não é daquele tipo macho-não-choro-por-nada-mood.  No casamento, ele brincou, chorou, sorriu e principalmente, transpareceu uma felicidade tão grande, que mesmo aqueles que não acompanham o casal de pertinho, tiveram certeza que eles foram feitos um para o outro. 
A idéia inicial era que Carolina entrasse conosco na cerimônia (nós eramos padrinhos), porém, antes do inicio do casamento muita gente ficou ao redor dela (muitos dos convidados ainda não a conheciam) , ela ficou incomodada com a multidão e achei melhor poupá-la. No biggy.  Ela ficou no cantinho com minha dinda a cerimônia toda, observando.  Um parênteses para a roupinha dela:  Ela estava com mini vestido de musselini roxo, com uma blusinha de cetim com manguinha puff, sapatinho branco com strass e um lacinho mini no topo da cabeca (único lugar que eu consegui prender qualquer coisa devido a falta de cabelo).  Ou seja: UMA BONECA. Quando comprei este modelito me senti realmente dona de uma bonequinha, tamanha era minha exitação.  Acho que eu mostrei a roupinha para mil pessoas antes mesmo de saber se ia dar na criança ou não.  No final deu e ela ficou linda. 
A festa foi um capitulo a parte.  Com direito a banda cover dos beatles, um dj fantástico e uma quantidade surreal de prosseco, a gente se divertiu até 3h30 da manhã (quando eu fui rebocada por meu marido, mas a galera continuou até bem mais tarde).  Carolina ficou na festa até mais ou menos meia noite, quando a colocamos para dormir.  Como a festa era no mesmo lugar que estavamos hospedados, não tivemos muitos problemas (o maior problema que eu tive foi acertar a boca da criança ao pingar luftal a noite, após algumas taças a mais de prosseco). 
O dia seguinte foi o famoso dia da ressaca.  Como eu estava sem beber a quase um ano, minha ressaca foi potencializada por 50: a diferença maior foi a presença de um bebezinho que não sabe o que é cachaça e continua acordando as 6h da manhã.  Mas eu e meu marido, com a ajuda de Márcia (lembram dela de posts passados?!) tiramos de letra. 
Voltamos para casa felizes pelo final de semana maravilhoso.  Carolina dormiu o voo todo de volta, como se estivesse recuperando as energias depois de tanta atenção  que recebeu.  Queria ter mais uns 15 irmãos para ter mais finais de semana iguais a este! Paulinha e Guio, desejamos a vocês toda a felicidade deste mundo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Frutinhas


Chegou a hora de Carolina comer frutas.  Uma das coisas mais bacanas de ter um bebê é poder acompanhar a primeira vez de um ser humano nas coisas mais simples.  O primeiro espirro, a descoberta das mãos, a nova descoberta das mãos (sim, descobre uma e depois de dias decobre que tem outra igualzinha, viagem da porra), os pés (esses são juntos…), e por conta disso, eu estava louca para ver a reação da minha filhota ao experimentar pela primeira vez alguma coisa que não fosse peito ou mamadeira. 
O medico nos falou que tinhamos que começar com mamão, banana, maçã e pera, três dias para cada fruta, sem inventar muita coisa.  Cada dia Carolina deveria comer metade da fruta + um complemento de leite.  OK, parecia super simples e eu estava animadíssima.  Qual seria a reação de minha filha?  Ela ia gostar de tudo ou ia odiar mamão como a mãe?  Será que ela ia conseguir engolir tranquilamente algo sólido?!?!?!  Preparei a máquina e peguei o potinho e colher colorida.  Não sei porque cargas d’água eu começei com o mamão.  Acho que pela pressão que o mamão tem em ajudar as pessoas a se aliviar, pensei que seria legal ter essa ajuda em momentos críticos…. Então lá fui eu amassar o mamão como se fosse a coisa mais fácil desse mundo.  Começou a escorrer caldo de mamão por todo o lado e o mamão começou a sambar no pratinho.  Fiquei desesperada em estar desperdiçando o mamão e depois não conseguir medir se minha filha tinha comido o suficiente ou não.  Depois de 40 minutos amassando o mamão que ficou ok (pelo menos eu pensei que estava legal, mas quando guilherme viu, me esculhambou), sentei em frente a Carolina para iniciar a brincadeira.  Na primeira colherada, ela olhou estranho, fez careta e engoliu…. Sucesso, pensei.  Até ela colocar tudo para fora.  Ok, deve ser assim mesmo.  Lá se foi a segunda colherada… e.  ela dessa vez botou para fora o mamão e o leite que tinha tomado 3h antes.  PQP, agora deu merda. Se uma criança vomitou alguma coisa é porque não gostou não é?  Como eu ia insistir no mamão depois dela ter passado mal?  Era sacanagem com a pequena. Acabei dando a mamadeira de leite e pensei nos proximos passos.... só consegui pensar no facebook: com certeza alguem la dentro ia me ajudar. 15 minutos depois de postar minha frustada experiência com o mamão, recebi mais de 10 comentários de amigas dizendo que era normal isso ter acontecido, e que eu tinha que tentar com a banana primeiro que era mais docinha (essa vida online realmente é fantástica).  Dito e certo.  No dia seguinte, tentei com a banana e apesar das caretas e cuspes, Carolina comeu tudinho.  Me senti feliz da vida.  Minha filha tinha finalmente introduzido um elemento novo na sua vidinha, how cool is that?!?!?  Depois da banana, vieram as peras e as maçãs, cada qual no seu dia certinho. Depois dos testes, minha filha já possui uma rotina que inclui frutinhas diariamente e já fica nervosa quando a gente demora com a colher.  Eu agora estou ansiosissima para que ela experimente outras comidinhas. Como será com a papinha salgada?  
Agora a pergunta que não quer calar: e o mamão?!!?  Eu não sou besta nem nada, então fui dando as frutas de forma estratégica para que a vez do mamão ficasse para as professoras do berçário!!! Eu que não ia tentar dar essa fruta de novo e ver minha filha vomitando.  Não era só o vomito que me incomodava mas o mamão nunca foi meu amigo.  O cheiro, a testura, o gosto..  nunca gostei desse negócio. No dia seguinte da escolinha, recebo uma cartinha da professora com somente uma frase:  Carolina não gostou do mamão.
He – He – He.  Tal mãe, tal filha.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Carolina goes to work

Carol e as caixas
A volta ao trabalho sempre é um dos períodos mais tensos para a mãe e a criança.  Para a primeira, pela insegurança de deixar seu bebê nas mãos de estranhos, somado a uma carência descomunal que a gente nem sabia que existia.  Já para criança, é o sinônimo de independência, de pessoas novas, experiências e novidades.  Se for igual a minha Carolina, isso quer dizer: não tô nem aí que você voltou a trabalhar, quero mais é brincar.
A minha volta ao trabalho foi no mínimo tensa.  Apesar de toda a minha empolgação em encontrar os colegas e me sentir útil de novo, comecei em uma nova área com uma nova equipe, que precisou 100% da minha atenção.  Não da parte deles, diga-se de passagem, mas da minha em aprender e entender tudo que aconteceu nos últimos 5 meses, além de todos os novos conhecimentos necessários para o desafio que eu assumi.  Se eu pudesse escolher estar em qualquer empresa / cargo agora, juro a vocês que não trocaria o meu por nenhum outro, porém quando você coloca uma criança recém nascida neste mesmo contexto, a coisa começa a complicar e você começa a se questioner se realmente vai dar conta. Honestamente, o estilo de vida bat-mãe-executiva é, sem dúvidas, mais difícil do que eu pensava.
Com o surto de catapora na escolinha de Carolina, eu e meu marido tivemos que nos virar nos 30 para conseguir manter a neném em casa, longe dos coleguinhas cataporentos.  Isso resume-se a acordar de madrugada para ir trabalhar, conseguir sair a 16h da tarde para encontrar a neném, trabalhos home office, e quando não tiver outro jeito, BGW, ou seja Baby Goes to Work.  Sim meus amigos, levei Carolina comigo para o trabalho.  Juro que essa foi a última alternativa, apesar de todo mundo ficar doidinho para que isso acontecesse.
Pois bem, cheguei no trabalho cheia de tralha – carrinho, bebê conforto, brinquedos, sacolas e, claro, um bebê no colo.  Enquanto todo mundo vinha ver, carregar e brincar com Carol, eu fiquei 100% tensa com medo de algum diretor chegar e me dar um “pito”(gíria de meu marido) por ter um bebê na empresa. Em quase cinco anos nunca tinha ouvido falar de um neném passar a tarde no escritório e passei o tempo todo esperando alguém falar que era coisa de baiano. Eu até pensei em fazer um crachá para ela, para tentar amenizar a situação, mas não aceitaram.  Não entendi o porquê. J   Carolina está na fase de resmungar e emitir sons que só ela entende, e a cada gritinho ou som que ela fazia, eu corria e falava “shiii filha”, enquanto meus colegas riam e falavam “ai que bonitinho”.  Ou seja, moral zero.  Quando o diretor chegou no andar, minha filha estava circulando nos braços de sei lá quem, ou seja, já tinha tomado conta de todo o andar. E no momento que eu pensei que vinha o tal pito, veio foi o diretor com minha filha no colo, brincando e falando para todo mundo que ele sim sabia carregar um bebê (ele tem uma filhinha de 10 meses).  Para resumir, Carolina dominou a empresa no período que ficou por lá e se sentiu tão a vontade que fez seu cocô diário na minha mesa de trabalho.  Faz parte.
Apesar da ida de Carolina ter sido uma farra para todos que estavam na empresa, eu passei a tarde toda tensa, preocupada com ela e com os outros.  O medo dela chorar e atrapalhar alguém era tanto que eu não conseguia me concentrar direito no trabalho.  Ao mesmo tempo, eu não consegui dar muita atenção a ela, porque tinha tanta coisa para fazer, que acabava deixando-a no bebê conforto brincando com a própria mão.
mamãe chegou!!!
Com o passar dos dias, as coisas foram se arrumando e eu não precisei mais levar  Carolina ao trabalho, apesar dos pedidos dos colegas.  A insegurança diminuiu um pouquinho e a carência ficou mascarada pela empolgação do trabalho, porém a vida de bat-mãe-executiva não me deixa descansar um só minuto.  A mente ainda não entendeu que não é para se perder em fotos da neném durante o trabalho nem para checar o blackberry enquanto ela está ao meu lado…  O que eu posso afirmar é que, enquanto eu estou lidando com inúmeros sentimentos dúbios, minha filha descobriu o seu primeiro: a saudade. Toda vez que eu chego em casa, assim que ela me vê, abre um sorriso banguela tão grande que neste momento eu tenho certeza que eu sou a mulher mais sortuda desse mundo!!