sábado, 19 de novembro de 2011

The Wedding of the Year


Casamento sempre é motivo de alegria: quando é do seu irmão mais novo então...
Eu estava ansiosa por este casamento a mais ou menos um ano.  Quando meu irmão e minha cunhada decidiram que iriam se casar (leia-se fazer uma festa de casamento, porque eles já moravam juntos e para mim morar junto é casar  #prontofalei) eu já comecei a pensar como seria a nossa participação nessa festa.  Sim, nossa porque minha filha já teria nascido e minha vida já teria mudado completamente.  Como seria a participação do meu bebê na festa? Ela teria tamanho para curtir alguma coisa?  Eu ia conseguir aproveitar?  Ela ainda estaria mamando no peito?  Como eu ia usar um vestido com o peito cheio de leite? Eu ia caber em um vestido?
Meu irmão casou no inicio de novembro e Carolina já estava com quase 6 meses.  O casamento se tornou um fim de semana de altas farras e risadas.  Chegamos na sexta feira em Salvador (o melhor de morar em São Paulo é ver a cara dos paulistas quando eu digo que tenho que dar um pulinho ali na Bahia) e a programação já começou na própria sexta a noite.  Apesar do casamento ser somente no sábado, a familia da noiva já tinha providenciado barris de chopp para começar a comemoração em grande estilo.  Só para registrar:  a familia da noiva é uma onda.  Normalmente existe uma certa distância entre familias quando o assunto é casal, mas no caso dessa, todo mundo faz questão de se misturar…. É tanta gente bacana junta que até um simples almoço de domingo vira uma festa!!!  Pois bem, o mais legal da sexta feira foi poder curtir com minha filha.  Carolina, para variar, passava de colo em colo, sorrindo para todo mundo, dormindo de vez em quando, mas sempre, sempre alegre. Fez várias amizades e ficou com a gente até 1 da manhã.  Na hora de dormir, ela estranhou um pouco o lugar e a agitação, mas nada  que a impedisse que aproveitar. 
No final de semana eu até tentei tomar um banho de piscina com ela: viajei toda equipada com mini biquini combinando com um chapeuzinho, protetor solar 90 KIDs, 28 fraldas de banho… e foi só ela colocar o pezinho na água para abrir o berreiro.  E eu tive que deixar a máquina fotográfica de lado (sim a maquina já estava a postos para tirar lindas fotos de meu bebê sorrindo e brincando com a água….) e correr para acalmá-la.  Sacanagem.  Ter filha paulista dá nisso…. Cheia de não-me-toque. :)
Carolina e noivo Dindão
O casamento foi maravilhoso.  Aconteceu em uma casa em Interlagos e nada, simplesmente nada deu errado.  Minha cunhada estava maravilhosa parecendo uma noiva de revista, todo mundo estava lá, minha mãe arrasou em um vestido vermelho estilo só-faltam-as-castanholas e meu irmão, ahh meu irmão estava simplesmente lindo.  Que eu sou doida por meu irmão todo mundo sabe, mas neste dia, ele estava um ele nervoso gaiato e sensível que era lindo de ver.  Eu acho o máximo que meu irmão não é daquele tipo macho-não-choro-por-nada-mood.  No casamento, ele brincou, chorou, sorriu e principalmente, transpareceu uma felicidade tão grande, que mesmo aqueles que não acompanham o casal de pertinho, tiveram certeza que eles foram feitos um para o outro. 
A idéia inicial era que Carolina entrasse conosco na cerimônia (nós eramos padrinhos), porém, antes do inicio do casamento muita gente ficou ao redor dela (muitos dos convidados ainda não a conheciam) , ela ficou incomodada com a multidão e achei melhor poupá-la. No biggy.  Ela ficou no cantinho com minha dinda a cerimônia toda, observando.  Um parênteses para a roupinha dela:  Ela estava com mini vestido de musselini roxo, com uma blusinha de cetim com manguinha puff, sapatinho branco com strass e um lacinho mini no topo da cabeca (único lugar que eu consegui prender qualquer coisa devido a falta de cabelo).  Ou seja: UMA BONECA. Quando comprei este modelito me senti realmente dona de uma bonequinha, tamanha era minha exitação.  Acho que eu mostrei a roupinha para mil pessoas antes mesmo de saber se ia dar na criança ou não.  No final deu e ela ficou linda. 
A festa foi um capitulo a parte.  Com direito a banda cover dos beatles, um dj fantástico e uma quantidade surreal de prosseco, a gente se divertiu até 3h30 da manhã (quando eu fui rebocada por meu marido, mas a galera continuou até bem mais tarde).  Carolina ficou na festa até mais ou menos meia noite, quando a colocamos para dormir.  Como a festa era no mesmo lugar que estavamos hospedados, não tivemos muitos problemas (o maior problema que eu tive foi acertar a boca da criança ao pingar luftal a noite, após algumas taças a mais de prosseco). 
O dia seguinte foi o famoso dia da ressaca.  Como eu estava sem beber a quase um ano, minha ressaca foi potencializada por 50: a diferença maior foi a presença de um bebezinho que não sabe o que é cachaça e continua acordando as 6h da manhã.  Mas eu e meu marido, com a ajuda de Márcia (lembram dela de posts passados?!) tiramos de letra. 
Voltamos para casa felizes pelo final de semana maravilhoso.  Carolina dormiu o voo todo de volta, como se estivesse recuperando as energias depois de tanta atenção  que recebeu.  Queria ter mais uns 15 irmãos para ter mais finais de semana iguais a este! Paulinha e Guio, desejamos a vocês toda a felicidade deste mundo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Frutinhas


Chegou a hora de Carolina comer frutas.  Uma das coisas mais bacanas de ter um bebê é poder acompanhar a primeira vez de um ser humano nas coisas mais simples.  O primeiro espirro, a descoberta das mãos, a nova descoberta das mãos (sim, descobre uma e depois de dias decobre que tem outra igualzinha, viagem da porra), os pés (esses são juntos…), e por conta disso, eu estava louca para ver a reação da minha filhota ao experimentar pela primeira vez alguma coisa que não fosse peito ou mamadeira. 
O medico nos falou que tinhamos que começar com mamão, banana, maçã e pera, três dias para cada fruta, sem inventar muita coisa.  Cada dia Carolina deveria comer metade da fruta + um complemento de leite.  OK, parecia super simples e eu estava animadíssima.  Qual seria a reação de minha filha?  Ela ia gostar de tudo ou ia odiar mamão como a mãe?  Será que ela ia conseguir engolir tranquilamente algo sólido?!?!?!  Preparei a máquina e peguei o potinho e colher colorida.  Não sei porque cargas d’água eu começei com o mamão.  Acho que pela pressão que o mamão tem em ajudar as pessoas a se aliviar, pensei que seria legal ter essa ajuda em momentos críticos…. Então lá fui eu amassar o mamão como se fosse a coisa mais fácil desse mundo.  Começou a escorrer caldo de mamão por todo o lado e o mamão começou a sambar no pratinho.  Fiquei desesperada em estar desperdiçando o mamão e depois não conseguir medir se minha filha tinha comido o suficiente ou não.  Depois de 40 minutos amassando o mamão que ficou ok (pelo menos eu pensei que estava legal, mas quando guilherme viu, me esculhambou), sentei em frente a Carolina para iniciar a brincadeira.  Na primeira colherada, ela olhou estranho, fez careta e engoliu…. Sucesso, pensei.  Até ela colocar tudo para fora.  Ok, deve ser assim mesmo.  Lá se foi a segunda colherada… e.  ela dessa vez botou para fora o mamão e o leite que tinha tomado 3h antes.  PQP, agora deu merda. Se uma criança vomitou alguma coisa é porque não gostou não é?  Como eu ia insistir no mamão depois dela ter passado mal?  Era sacanagem com a pequena. Acabei dando a mamadeira de leite e pensei nos proximos passos.... só consegui pensar no facebook: com certeza alguem la dentro ia me ajudar. 15 minutos depois de postar minha frustada experiência com o mamão, recebi mais de 10 comentários de amigas dizendo que era normal isso ter acontecido, e que eu tinha que tentar com a banana primeiro que era mais docinha (essa vida online realmente é fantástica).  Dito e certo.  No dia seguinte, tentei com a banana e apesar das caretas e cuspes, Carolina comeu tudinho.  Me senti feliz da vida.  Minha filha tinha finalmente introduzido um elemento novo na sua vidinha, how cool is that?!?!?  Depois da banana, vieram as peras e as maçãs, cada qual no seu dia certinho. Depois dos testes, minha filha já possui uma rotina que inclui frutinhas diariamente e já fica nervosa quando a gente demora com a colher.  Eu agora estou ansiosissima para que ela experimente outras comidinhas. Como será com a papinha salgada?  
Agora a pergunta que não quer calar: e o mamão?!!?  Eu não sou besta nem nada, então fui dando as frutas de forma estratégica para que a vez do mamão ficasse para as professoras do berçário!!! Eu que não ia tentar dar essa fruta de novo e ver minha filha vomitando.  Não era só o vomito que me incomodava mas o mamão nunca foi meu amigo.  O cheiro, a testura, o gosto..  nunca gostei desse negócio. No dia seguinte da escolinha, recebo uma cartinha da professora com somente uma frase:  Carolina não gostou do mamão.
He – He – He.  Tal mãe, tal filha.