quarta-feira, 31 de agosto de 2011

May the force be with you


Mari One Kenobi
Hoje resolvi fazer um post sobre uma reflexão que eu tive na madruga, então peço licença a todos por esta pequeno desvio no tema.
O bacana de você dar de mamar de madrugada sozinha com sua filhota é começar a refletir sobre coisas nunca antes pensadas, e ainda ficar surpresa com suas próprias conclusões.  Hoje de manhã quando contei ao meu marido sobre meus pensamentos, ele automaticamente disse que ia suspender as vitaminas que estou tomando porque estava  dando onda.  Vou deixar que vocês tirem suas próprias conclusões ok?!
Minha reflexão tem a ver com a saga StarWars. Eu conheci os filmes depois de velha, através do meu marido.  Como todo mundo, assisti primeiro os 3 últimos filmes (ganhei a trilogia de aniversário) e fiquei encantada com a saga de Luke, Princesa Lea, Han Solo (protagonistas dos filmes), e todos os robôs existentes.  Darth Vader me dava medo, e quando vi o making off (sempre achei que o melhor dos filmes é o making off) com o pessoal falando sobre os bastidores da cena do “luke, I am your father”, me arrepiei todinha. Depois de um tempo, assisti os outros três filmes, ou seja, os três primeiros, cronologicamente. E ai, tudo mudou… Para garantir, assisti de novo os 06 na sequência original, e fiquei pasma com uma nova realidade:  toda a história, de todos os filmes, se passa ao redor de Darth Vader.  Sim, a história de StarWars é a história do Darth Vader, ele é o protagonista de tudo, mesmo que a gente passe 3 filmes achando que ele é o vilão que quer levar todo mundo para o lado negro da força.  Desde que vi isso, passei a idolatrar George Lucas.  Meu Deus, que sacada!!!  Quantas vezes você analisa uma pessoa ou uma situação e depois que você desenrola toda a história, essa pessoa passa a ser uma protagonista ao invés de um coadjuvante???  Muitas vezes, você até menospreza alguém ou algo erroneamente, e depois se surpreende.  Grande filósofo George Lucas.  Será que a gente dá valor as pessoas corretamente?  Quem são os protagonistas e quem são os coadjuvantes das nossas vidas?  O que é ser protagonista da sua história?  Para mim, é ter a responsabilidade das escolhas.  É viver de acordo com as suas decisões, mesmo que as vezes elas te levem para o lado negro da força.  Sempre terão pessoas que te ajudarão a seguir pelo melhor caminho, assim como o famoso Mestre Yoda, mas a decisão vai caber sempre a você. E você vai ter que lidar com as consequências disso.  Para Darth Vader, foi o reencontro com os filhos seguido de morte, mas no fim ele salvou o império… isso é só filme….
Mudar este olhar muda suas atitudes eu acho.  Principalmente quando eu penso na educação da minha filha.  Seria muito mais fácil se eu conseguisse impor as minhas verdades e vontades… (tenham certeza que muitas vezes eu vou tentar, porque ninguém é de ferro).  Mas no fundo, no fundo, o papel dos pais tem que ser o de Obi One Kenobi, ou seja, de tutores e orientadores, para que a criança tenha sempre uma base sólida para tomar as decisões diárias da sua vida.  Que faça suas escolhas e assuma as responsabiliades sobre elas.  É claro que os pais precisam ter o bom senso de saber quando a criança começa a ter maturidade para conseguir distinguir o que é certo do errado (também não achem que eu surtei) o resto, vai depender dela…
Não estou dizendo que é fácil e tenho certeza que ainda vou ter altas brigas com Carolina tentando impor minhas vontades (assumo que tenho este defeito, adoro que seja feita a minha vontade), mas tomara que daqui para lá, a maturidade me dê mais tranquilidade, tolerância e paciência, sendo uma mãe melhor a cada dia!!!

Que a força esteja comigo e com vocês!!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vaca Profana


Muuuuuu
Estou começando uma campanha contra o aleitamento materno.  Brincadeira.  Mas que as vezes da vontade de fazer uma coisa assim, juro que dá.  Não que eu seja contra o aleitamento materno, mas estou ficando contra esta lavagem cerebral que a mídia está fazendo, deixando todas as mães desesperadas para conseguir amamentar o filho, como se fosse errado ou crime não conseguir.   Falo por mim mesma, antes que alguma chiita faça algum comentário me xingando.
Explico: minha filha está crescendo e com isso alguns comportamentos estão mudando.  Não só nela, como meu corpo também está mudando.   Desde o inicio da vidinha dela, Carolina mama tranquilamente, de 3h em 3h, como qualquer bebê normal.  De uns dias para cá (ela completou 3 meses no ultimo dia 18), ela simplesmente não está mamando direito no peito, na última mamada da noite (entre 22h e 23h).  No inicio achei que eram gases, já que bebê nesta idade tem bastante, mas depois fui descobrindo que ela estava esvaziando o peitão muito rápido, e ficava irritada assim que ele ficava vazio.  Quando eu digo muito rápido, falo em no máximo 5min, sendo que o médico falou que era para deixá-la no peito no mínimo 10min, ou seja, ela estava mamando metade do que deveria.  Junto a isso, eu não sentia o peito encher a noite como durante o dia e na madrugada e comecei a ficar preocupada se ela estava realmente se alimentando bem (tenho horror em pensar que minha filha pode ficar com fome), afinal, ela faz um escandalo tão grande que parece que eu estou beliscando a menina. 
Pois bem, à duas noites que eu estou dando um complemento de leite materno na mamadeira para ela.  Apesar de todos os medos de que ela fique viciada na mamadeira e deixe o peito, não tenho como não dizer que é uma maravilha, por dois motivos básicos:  1- ver a neném comendo e ficando feliz da vida em seguida, ao invés de chorar que nem doida não tem preço; 2 – Ela dorme 7h seguidas, garantido.  Tudo seria as mil maravilhas, se eu tivesse um estoque infinito de leite materno congelado, que conseguisse dar toda a noite e garantir uma boa noite de sono para ela e para mim.  Mas como dizia o filósofo Joseph Kimbler, “mas a vida, é uma caixinhas de surpresas”.  Hoje a média de consumo de minha filha em cada mamada é de 150ml e eu só consigo tirar por dia no máximo 100ml extra (as mamadas diurnas continuam normais), ou seja, preciso que ela mame pelo menos 50ml a noite + conseguir tirar leite TODA HORA, para conseguir fazer com que ela coma o suficiente a noite.  Para resumir: É de pirar o cabeção. Você passa a pensar como uma vaca, juro.   Eu passo o dia pensando em leite – peito – leite – peito – bombinha – leite – peito – bombinha.  A cada minuto que meu peito enche, eu fico querendo tirar com a bombinha, mas ao mesmo tempo fico com medo de tirar e ele não encher o suficiente para a próxima mamada,  A gente fica tão na nóia que tem que amamentar o tempo todo que a probabilidade de não conseguir produzir leite o suficiente para alimentar sua filha parece um crime.  Ontem, enquanto dava mamadeira para ela, quase tive uma crise de choro (mas consegui me recompor logo em seguida, para evitar a vergonha de meu marido).  E se realmente minha produção de leite estiver diminuindo? E se meu estoque de leite acabar (matematicamente falando, será nos próximos dias). E se minha filha acabar preferindo a mamadeira?    É realmente o fim do mundo????????  O fim do mundo para mim ou para minha filha?????  O que me parece é que quem sofre mesmo é a mãe.  A neném em si está amarradona, tomando seu leitinho mais facilmente, dormindo tranquila e de barriga cheia.  Qual é o crime nisso aí? Porque nós, mães, precisamos sofrer tanto? Por isso eu culpo a Globo e todas essas atrizes que tiveram (ou fingem que tiveram) um período de amamentação perfeito, e passam a idéia para o resto da população que todo mundo vai ser igual, fazendo com que você se sinta um monstro se não conseguir ter um peito lindo igual ao de Juliana Paes.  Já não basta a cultura da beleza, agora é a cultura do peitão.  
Para finalizar, quero deixar claro que AMO meu momento íntimo eu-minha filha-meu peitão, e vou insistir nisso até não ter mais jeito.  Quando a hora chegar, seja ela quando for, darei o leite que for preciso para ver minha filha crescer saudável. Resumindo:  acredito sim que leite materno é muito melhor do leite em pó, mas acredito mais ainda na tranquilidade mental minha e da minha filha #prontofalei.
PS:  Para os preocupados de plantão, já conversei com meus médicos a respeito disso e já estou fazendo tudo que eles mandam, este post é só um desabafo, para variar.

domingo, 21 de agosto de 2011

Cachaça não é água não


Não aguento mais ficar sem beber.  #prontofalei.  São 9 meses bebendo só um copo de qualquer coisa ou uma cerveja sem álcool e 3 meses na secura total. 
Para vocês entenderem minha situação pensem no seguinte: Quando está um calor de matar, e você está fazendo churrasco para seus amigos no espaço gourmet da sua casa (vulgo laje), o que você tem vontade de tomar?????  CERVEJA.  Não há outra bebida que funcione se não uma cervejinha bem gelada.  Ou se você vai jantar com seu maridão em um restaurante italiano, qual é a bebida de combina?  VINHO.  Agora tente pensar nestes programas bebendo suco ou refrigerante.  Dá para fazer, mas não é a mesma coisa. Pronto, essa aí sou eu.
O frio voltou para São Paulo e com isso, a necessidade de esquentar o corpo também.  Quando minha filha nasceu e estava aquela friaca horrorosa dia após dia, meu marido e minha mãe tomavam uma taça de vinho todo dia.  E eu?  Água e suco de laranja.  Nem refrigerante eu tomava para minha filha não ter gases.  Depois que o pediatra disse que nem sempre era a minha alimentação que daria gases na pequena, eu resolvi beber refri de vez em quando, só para saciar algumas vontades (afinal, se era para ter gases, que fosse por uma boa causa).
Eu, grávida, bebendo cerveja sem álcool
Quando as pessoas falam em gravidez e ter filho, poucas delas falam destes pequenos detalhes do dia a dia.  Uma pessoa como eu, que meus eventos sociais SEMPRE incluem alguma coisa com álcool, tem que fazer um esforço gigante para sair com os amigos e pedir uma água (não sou alcoolatra, antes que pensem. Sou uma adulta normal do século XXI, que vive num periodo que os programas sociais incluem sair com os amigos para tomar uma, independente do local.  E não seja hipócrita: você também é assim).  Eu sei que ter filho significa abrir mão de muita coisa, e faço isso porque sei que vale a pena, mas seria muita cara de pau dizer que eu não sinto falta das minhas farras.  Principalmente quando eu saio sozinha com meu marido e ele pede uma longneck e eu uma H2OH.  Aliás, os maridos deviam ser solidários e ficar sem beber juntamente com a esposa, nesse periodo crítico (ha-ha-ha).
O periodo de amamentação é um periodo complicado.  Gostoso, mas complicado.  É verdade que tem aquela cumplicidade sua e do bebê, na qual só você, mas ninguém está envolvido, mas até agora, posso afirmar que amamentar é o pilar da entrega de uma mãe.  Você muda toda a sua rotina para poder se adequar aos horários, muda a alimentação para não prejudicar a qualidade do leite, muda, muda, muda…. No final, é tanta mudança que você acaba esquecendo de como era sua vida antes disso.  Outro dia liguei para meu irmão e ele tinha acabado de acordar, mais ou menos meio dia.  Nossa que inveja positive eu fiquei.  Quando eu lembro que eu vivia fazendo isso, passava o dia dormindo e acordando…vendo TV o dia todo com meu marido.  Agora, nada dura mais do que 3 horas, aconteça o que acontecer.  E mesmo quando minha filha dorme 7 horas seguidas, eu ainda acordo no meio da noite para ver se está tudo bem.  Afinal, mãe é mãe.  
Acho que a grande sacada para não surtar é você tentar ao máximo adaptar a sua rotina com a do bebê. (porque, sejamos sinceras, aquelas mães que dizem que acham tudo isso maravilhoso e que não se incomodam nem um pouco é porque não possuem vida própria #prontofaleidenovo) Quer comer aquela moqueca de mainha?  Come só um pouquinho para ter o gostinho…. Ou então substitui por uma boa carne de sol com pure de aipim.  Quer sair para jantar? Leva o neném e amamenta no restaurante;  Quer ver o filme?  Amamenta vendo o filme.  Quer dormir? Ai não tem jeito, espera o neném dormir. Ou então, espera um momento que seu marido está fazendo alguma coisa acordado e pede para ele dar uma olhadinha no bebê para você (lembre-se trabalho em equipe, sempre!!).  Agora, já aquele brinde.. só daqui a alguns meses!!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Projeto Mamãe Gostosa


À um tempinho que venho colocando no facebook o tag #mamaegostosa e todo mundo fica me perguntando que projeto é esse, então resolvi dedicar um post para essa explicação. 
Lá nos anos 90, quando eu ainda assistia aos episódios inéditos de Friends, sempre achava o máximo a Rachel, lindíssima, toda chique e arrumada, levando a Emma (sua filha bebê) para passear.  Achava maravilhoso essas mulheres super lindas levando os filhos na escola,e que não tinha cara de mãe; como se mãe tivesse sempre a cara acabada.  A verdade é que, quando você vira mãe, no primeiro momento você realmente passa a ter menos tempo (e menos saco também) para certas vaidades, e consequentemente, sua aparência não é mais a mesma. 
Desde o nascimento de Carolina, eu estava me esforçando o máximo para manter algumas rotinas básicas de beleza como unhas, cabelo, depilação e etc.  Estava indo muito bem obrigada, quando finalmente o calor chegou.  Com o calor, chegaram as blusinhas regatas, mais coladinhas e consequentemente, a IMENSA pança que eu adquiri na gravidez.  Na verdade, desde o nascimento da neném a barriga sempre existiu (juntamente com outros inchaços bizarros que não vem ao caso), mas eu disfarçava com blusas folgadinhas e com a minha calça de grávida que continuei usando.  Agora minha gente, f#%deu: não tem jeito de esconder a coitada com um calor de 30oC.   Então, para felicidade da nação, resolvi tomar vergonha na cara e iniciar um projeto de malhação, focando na charmosa Rachel, de Friends (chique, linda e mamãe), chamado mamãe gostosa. O projeto em si é simples, consiste em visitas periódicas à academia + 10 sessões de drenagem linfática para ajudar (na qual fiz a primeira hoje e AMEI). O difícil mesmo é manter o pique, já que quem me conhece sabe que eu sou a prega em pessoa.  O começo do projeto já foi fraco, porque acabei passando quase um mês em Salvador, sem malhar (apesar da minha academia ter filial em quase todas as cidades e eu ter levado meu travel pass).  Me escondi na desculpa de que estava sem carro e não tinha com quem deixar minha filha.
Agora que estou de volta pra casa,  resolvi acrescentar mais um objetivo no projeto:  Corrida de inverno Adidas – 2011 – 5km.   Sei que enlouqueci, porque este será um desafio e tanto, mas sempre achei tão fashion aquela galera que corre…. Todo mundo sempre super animado, correndo na chuva, no frio e ainda se sentindo super bem, que também quero ser assim.  Agora, para mim, o trabalho vai ser dobrado porque além de começar a correr (coisa que eu nunca fiz), vou ter que fazer um trabalho pesado de musculação para fortalecer os músculos do meu joelho bichado.  Mas vamo que vamo.  Estou empolgadíssima.
Pois bem, a partir de agora, eu não vou ter nem cara de não continuar com este projeto, uma vez que já estou me expondo online.  Só não vou colocar uma foto da minha pança aqui porque já seria atentado ao pudor (mas seria legal fazer um antes e depois J ).  
E para aqueles que devem estar pensando “mas este blog é sobre o bebê e não sobre os objetivos pessoais dela”, ai vai minha resposta: ficar uma mãe gostosa é na verdade em benefício da minha filha por dois motivos: 1 – ela vai adorar quando os coleguinhas me elogiarem quando eu for pegá-la na escolinha; 2 – mamãe feliz é igual a bebê feliz, correto?!
Enfim, vamos nessa!  Por favor, ao me encontrarem da próxima vez, me elogiem, afinal, todo atleta precisa de uma motivação a mais!!!

domingo, 14 de agosto de 2011

Reboleishon

PC: Reboleishon = Balanço Baiano para os leigos.

Nesta sagrada colina...
Nosso curto período de férias em Salvador acabou…  ao total foram 340 colos, 500 indicações do que eu devia ou não fazer com minha filha (algumas nem sempre bem aceitas), 5 almoços  / jantares em restaurantes fantásticos da cidade, e muito muito calor baiano de todos os amigos e parentes que fizeram questão de nos ver, para dar aquele abraço.
Foi um ótimo período mas eu, ao contrário de minha filha que estava AMANDO os inúmeros colos e mimos que recebia, já estava louca para voltar pra casa.  Sem desmerecer a casa de mainha, estava com saudade das minhas coisas, minha cama, meu espaço …  Descobri que estou ficando velha e paranóica; fazer o que se a idade chega para todos?!  Mas antes de sucumbir aos caprichos da velhice, tinha algumas coisas que eu precisava fazer na Bahia, para fechar nossa estada com chave de ouro. 
A primeira, é óbvio, foi um pitstop na Ceasinha, para abastecer meu estoque de farinha, beijus, sequilhos e cocadas.  Baiano que vai a Bahia e não volta com uma sacola cheia de comida não é baiano.  Foi uma pena que não consegui comprar minha carne de sol, mas minha mãe vai tentar mandar por uma amiga (parece contrabando, né?!). 
A segunda coisa era finalmente ir no Bonfim, benzer minha filha.  Lá na Bahia, temos o costume de quando compramos algo novo (como um carro por exemplo), levamos ao Bonfim para benzer, ou seja, para ter uma proteção extra.  Não foi um carro novo, mas um bebê novo, então vale a mesma regra.  Lá fui eu, minha mãe, minha vó e minha amiga Thais para o outro lado da cidade, benzer a pequena.  Ela, para variar, nem tchum para nada.  Dormiu no caminho e só acordou com o sol no rosto ao sair do carro.  Ao chegar na igreja, ficou admirando o altar, não por ser o altar em si, mas pelas bandeiras coloridas que estavam na decoração.  Sem problemas, dei um banhozinho na testa com água benta, falei um pouquinho com o Sr. do Bonfim, e tava feito: minha bebê estava protegida como  uma boa baiana (quem neste exato momento estiver pensando “mas ela não é paulista?!” pode tirar o cavalinho da chuva.  Carolina vai crescer como boa baiana e carioca, falando oxente e caraca, e se eu conseguir, NUNCA vai falar MEU, PORRRTA, etc).  Para completar o ritual, saimos de lá para a Sorveteria da Ribeira, para tomar um bom sorvete de coco verde.  Nessas horas, é uma pena a neném só tomar leite materno.  Ela ia adorar o sorvete… mas voltaremos depois e tenho certeza que vou me arrepender, quando ela começar a fazer bagunça.
Feito isso, estava pronta para voltar para casa.  Não vou negar que quando as pessoas começaram a se tocar que eu ia embora e ficavam tristes, meu coração começou a ficar apertado. É uma judiação tirar uma bebê tão pequenininha e amada do dia a dia deles, mas c’est la vie.  Vamos todos aprender a lidar com a mudança.
Quem pareceu não sentir foi a pequena.  Fez um vôo de volta perfeito, só acordando quando chegou em casa, e aqui em SP passou a dormir como uma pedra a noite (chegou a 7h seguidas!!).  O mapa astral dela já diz que ela adora a segurança de sua casa e suas coisas, então por incrível que possa parecer, acho que ela sentiu isso quando chegou..
Carolina e o sorvete de côco verde
Como não podia deixar de ser, ela já está toda entupida, graças a boa qualidade do ar de SP e a mudança de temperatura, mas nada que uma boa nebulização e uma porrada de soro fisiológico não resolva!
No mais, estou feliz de estar em casa, como já disse.  Para comemorar, aproveitamos que as filhas e o pai de meu marido estavam aqui para o dia dos pais, e fizemos um churrasco aqui no quintal.  E churrasco sem amigos queridos não é churrasco, então, já matamos a saudade dos amigos daqui de SP (amigos que já são família na verdade…).  Ainda falta encontrar muita gente, então galerinha de Sampa, estamos na área e morrendo de saudades!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Saravá!

Colé Pai, beleza?! 

Já faz um tempão que eu venho pensando em como seria essa data para mim e o que eu ia sentir.  Alguns foram a missa de manhã mas como não é muito a minha cara (muito menos a sua) decidi que eu ia te contar um pouquinho do que aconteceu neste ano, para ver se a saudade diminui.
Foi um ano intenso, se assim posso dizer.  Dilma acabou ganhando as eleições no segundo turno (o POVO no poder!!!!) e seu Bahia FINALMENTE subiu para a primeira divisão.  Tenho certeza que você ia fazer uma cara blazé, fingindo não se importar com este feito, mas no fundo estaria radiante.  Mais radiante ainda porque o Vitorinha desceu para a segundona.  Pois é, de acordo com um amigo meu, aqui na Bahia a gente faz festa pelo nosso time e pela derrota do adversário.  Guio ficou doido, não preciso nem dizer.  Ligou para todos os vitorinhas existentes no universo e encheu o saco deles  até não poder mais. 

Carolina e Vovô Pi
Falando em Guio, ele se casa em Novembro.  Desde o ano passado Paulinha já está morando com ele no Rio, e finalmente este ano decidiram oficializar.  Vai ser uma festa bacana em Interlagos, lá na casa de Tio Tinô.  Estamos correndo com os preparativos!
E já que o assunto é casamento, Dudu finalmente desencalhou Flavinha.  He – He – He.  Eles se casaram em Março deste ano (no final de semana do seu aniversário) mas não haviam oficializado legalmente (tentativa de Dudu de enrolar a moça até o final), só que Flavinha não é besta e conseguiu o papel neste final de semana, com direito a uma comemoração no Restaurante Amado (seu sobrinho está muito metido!) com a família.  O mais legal é que eles estão grávidos de Beatriz!!! Sim, seu sobrinho vai ser papai!! Eu fico cada dia mais impressionada como Dudu parece com você tanto fisicamente como no jeito de falar.  Ainda bem, porque assim ameniza a saudade!! 
Minha mãe está bem também…. Retomou a vida dela aos pouquinhos mas agora está se sentindo feliz de novo.  Já voltou a viajar como ela gosta e vai passar um mês viajando com tia Cal e os amigos.  Metidérrima.
Quanto a mim, tenho a maior novidade de todas.  Você virou vovô!  Minha filhota nasceu no dia 18 de Maio deste ano e se chama Carolina.  De acordo com minha mãe, você a chamaria de Caroline, porque era assim que você chamava todas as Carolinas que você conhecia.  Ela é uma fofa e herdou os olhos azuis de meu avô Alceu. Que herança você deixou hein?!  Estou me sentindo o máximo.  Está todo mundo babando, inclusive seus amigos… tenho certeza que você aqui ia tentar dar uma de rebelde mas ia acabar cedendo aos encantos da minha pequena.  Acho que até agora, a gravidez foi o maior momento que você fez falta.  Não só para acompanhar e participar de todo o processo, mas porque muitas vezes eu com as minhas maluquices, queria ouvir você dizer “deixe de idiotice Mariana” para me tranquilizar (vai entender estes seus métodos malucos… mas funcionava sempre).  Mas não se preocupe porque não foi nada demais, minha gravidez acabou sendo muito tranquila. Decidi ter neném em São Paulo com Miucha e Renato (marido dela) apesar dos inúmeros pedidos dos seus colegas para fazer o parto, e foi tudo maravilhoso.  Carolina nasceu miúda e a cara do pai (sim meu marido é fornecedor!!!!!!!).
Estou passando uns dias em Salvador para apresentar Carolina à sociedade baiana.  Quase todo mundo já veio aqui, e o baixo astral do meu tio Tinô já está chamando minha filha de Piniquinha.  Ninguém merece.  Você precisa ver como ele está babão.  Daquele tamanho todo, segurando minha filha de 53cm…. ela quase some perto dele!!! 
Bem, no mais, as coisas estão indo na mais pura paz.  Uns dias melhores, outros nem tanto, mas como diz nosso querido Chico “a gente vai levando”.
Espero que você esteja bem.  Não passo um dia se quer sem pensar em você.  Às vezes a saudade é tanta que dói!

Dê um beijo em Tia Fá e Tia Lise por mim.

Saudações Tricolores!

Maloquitaquitaquitaquita

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Escapadinha

Dei minha primeira escapadinha esta semana.  Foi muito desproposital, uma oportunidade que surgiu de encontrar um cara que eu gostava muito, achando eu que ele era bacana….  He – he – he.  Calma minha gente, vou esclarecer:  a convite de minha prima, fui assistir a um show de Carlinhos Brown e deixei minha filha com a avó pela primeira vez.    Na verdade, eu estava me preparando para este momento quando meu marido chegasse (tinhamos programado assistir ao filme de Harry Potter), mas minha prima me ligou no meio da tarde me chamando para um evento com o show gratuito de Carlinhos Brown no TCA, aí resolvi aceitar.   Na consulta do segundo mês da minha filha, o pediatra havia me dito que eu deveria ser a primeira pessoa a dar a mamadeira a minha filha, para que ela se sentisse segura comigo e não estranhasse a mamadeira.  Pois bem, apesar da correria, consegui testar minha filha já na mamada seguinte.  Dei só a quantidade de um peito e fiquei em estado de choque ao ver quao rápido ela sugou o leite.  Gente, eu sei que na mamadeira é mais fácil, mas eu nunca imaginei que ela fosse fazer isso em segundos (literalmente)!!!

Pronto, com a mamadeira aprovada, lá fui eu para o evento com minha prima e o marido dela, feliz da vida, deixando minha filha com o trio: minha mãe, minha dinda e minha vó.  Foi a primeira vez que me arrumei com maquiagem e tudo (o evento era esporte fino…), então, estava super empolgada!!!  Não vou entrar no mérito do evento em si porque isso daria um post único, seguido de juras de morte  da sociedade baiana, mas só basta dizer que eu senti vergonha alheia do inicio ao final do evento.  Fora o fato que cheguei lá morrendo de fome (o evento começava 7h30) e fui crente que ia me acabar nos salgadinhos chiques (esporte fino, afinal de contas!!!), e acabei foi com uma coxinha no café do teatro por R$ 2,50. 
Quando Carlinhos Brown entrou no palco, minha expectative era que ele cantasse por 4h, para compensar o mico do evento anterior.  Se tem duas coisas que ninguém discorda sobre Carlinhos Brown é que: 1o Ele é um gênio da música;  2o Ele é completamente dodoi.  Eu tenho certeza que ele estava fazendo o show para ele mesmo, falando coisas sem nexo na maioria do tempo e cantando mais AEEEEOOOOOOs e UUUEEEEEEs do que qualquer coisa.  Mas valeu a pena, afinal, quando ele cantava alguma música conhecida, ele simplesmente dava um show.  Entre um timbau e outro, resolvi checar na minha pequena que eu havia deixado com o trio parada dura . Perguntei se ela já havia comido, e eis a resposta de minha mãe:  “já, mas ainda está com fome e está comendo a chupeta”.  Como assim ainda está com fome?  Eu havia deixado 100ml de leite conforme orientação do médico e ainda ouvindo ele dizer que era de garantia, que ela provavelmente não consumiria todo, e escuto minha mãe dizer que ela ainda está com fome???  Passei o resto do show  mais o caminho de casa pensando no monstrinho que eu estava criando e morrendo de culpa por não ter deixado mais leite para minha filha (apesar de minha mãe ter me dito que ela estava dormindo, e criança com fome não dorme, não é mesmo?!).  Quando eu cheguei em casa, fui logo dando peito para minha filha morta fome e ai entendi o problema.  O trio (minha vó faz questão de frizar que não teve nada a ver com isso..) não conseguiu montar a mamadeira direito, e na hora de alimentar minha filha, metade do leite vazou….. ou seja, a bichinha não era monstro e sim não havia consumido todo o leite que eu deixei. (elas culpam o modelo Americano da mamadeira que é diferente das daqui.. como eu ia saber?!?!!?)  Bem, no final, ela nem estava com tanta fome assim.  Eu cheguei e ela estava dormindo quietinha, e eu precisei de um esforço extra para acordá-la e dar de mamar .

Enfim, foi tudo ótimo.  Apesar de ficar com um aperto no coração, me senti feliz em poder sair e me divertir um pouco sozinha.  Agora que o maridão chegou, já tenho vários planos em mente…..