segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Tchauzinho

Eu nunca tive paciência para aquelas mães que expoem seus filhos como marionetes.  É só você chegar perto de uma criancinha, que a mãe já começa:  filho, mostra pra a tia como o au-au faz!!  Ai a criança prontamente faz: Au, Au! Todo feliz, crente que descobriu o Brasil.  Porra, se a mãe pede para ele mostrar como o Au Au faz, o menino não vai fazer Miau, certo!?  Enfim. Resta a tia aqui dar risadinha, falar que fofo e correr para o outro cômodo da sala para tomar uma cerveja. A natureza é tão sábia que ela dá pelo menos 1 dia de diferença entre as descobertas, para que as mães tenham tempo para contar para todo mundo, e lá ia eu, cerveja atrás de cerveja, bicho atrás de bicho!! 
Bem, era assim que eu pensava até alguns meses atrás, quando minha pequena, aos pouquinhos, foi descobrindo os pés, as mãos, os brinquedinhos…  Da noite para o dia, aprendeu a sentar sozinha, a falar dá dá dá (mamãe que é bom nada) e já está quase engatinhando. 
A última dela foi aprender a dar tchau, ou seja, balancar a mãozinha quando a gente fala: tchau carol!  Tudo começou quando a tia do berçário me disse: “olha, ela já dá tchauzinho.  Não é para todo mundo, mas para mim ela dá”. Sim. E?  Sai de lá retada. Como assim “para mim ela dá”?!  Quem ela pensava que era?  Se Carolina tivesse que escolher alguém para dar tchauzinho, seria eu, óbvio, e talvez o pai.  Realmente essa galera do berçário me surpreende. Cheguei em casa e fui direto provar que eu estava certa: sentei a criança na cama e comecei a dar tchau que nem uma doida. Dei tchau de todos os jeitos: estabanado, de mão fechada, de mão aberta, de miss, tudo quanto é tipo (e sim, existem vários tipos de tchauzinho).  Carolina ficou sentadinha, me olhando e dando risada.  Tchau que era bom, nada. 
Depois de quase uma hora de tentativas frustadas, ela me ignorou, comeu e tirou uma soneca.  Minha vontade era acordar a menina só para continuar o treinamento intensivo.  Nunca que eu ia voltar naquela escola sem saber como minha filha dava tchau! Quando ela acordou, resolvi fazer a última tentativa e eis que, como quem não quer nada, lá foi ela levantando a mãozinha… e…. TCHAU! Linda, sorrindo, como uma miss.  Enquanto ela abanava a mãozinha,  os dedinhos balançavam no ar aleatoriamente, como se estivessem aprendendo a se comportar com esse movimento estranho: simplesmente linda de morrer.  Eu fiquei tão feliz, mas tão feliz, que fiz a criança dar tchau umas trocentas vezes só para garantir.  Depois desse momento, finalmente entendi a tal mãe do au-au.  A felicidade em ver sua filha desenvolver é tão grande, mas tão grande que você quer compartilhar com todo mundo!  E dane-se aquela amiga sem filho que não tem paciência e prefere tomar cerveja: ela vai ter que assistir e no final vai ser obrigada a dizer que minha filha é linda.
Para garantir que TODO mundo ia ver o tchau da minha filhota, aproveitei o momento “over” tchauzinho e fiz um filme da pequena.  Agora, já que não consigo mostrar pessoalmente para todo mundo, mando o videozinho e aguardo os comentários!!  
O mais legal disso tudo é que ela está no começo dessa jornada, e ainda tem inúmeras descobertas pela frente....  por isso, podem ir se preparando, porque eu vou encher vocês de filmezinhos e no nosso próximo encontro, a primeira coisa que eu vou falar é:  Carol, mostra pra a tia!? :) 


2 comentários:

  1. Pronto, vou ter que dizer: Coisa maaaaais linda da Tiaaaaa!!!!
    Tudo bem amiga, eu assisto atentamente todas as demonstrações da Carol - tchauzinho, falar dá dá, imitar todos os bichinhos, cantar a musiquinha daquele desenho que não faço idéia de onde passa....enfim, desde que isso venha acompanhado de várias cervejas e tardes de kinnect....ah, e claro, ela falar Tia Lalá, de quebra!!! ahahahah Bjjjjjsss, Lari

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  2. Maricota, quando li o post, lembrei de seu pai falando que avô e avó é tudo babaca, só sabe ficar falando que meu neto fez isso ou aquilo. Fiquei pensando como seria ele diante de todas as descobertas e avanços de Carolzinha, será que ia dá para não ficar babaca? Como resistir em falar dessa coisa linda , gostosa, alto astral que chegou para alegrar a vida da gente com este sorriso maravilhoso? Mãe, Pai, avô e avó, é tudo igual. Que nem filho, só muda o endereço. Beijos

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