sábado, 8 de outubro de 2011

Vovós

Esta semana, minha mãe e minha madrinha vieram nos visitar.  Na verdade, elas vieram acompanhando um grupo da empresa de minha mãe (minha tia veio de estagiária) e ficaram aqui 4 dias.  Para variar, foi um período regado de muita risada, conversa e compras!!!  Um parênteses para destacar a capacidade das duas de comprar.  A impressão que deu foi que as lojas desenvolveram produtos EXCLUSIVOS para elas, e que se não levassem seria uma afronta, para não dizer ofensa.  Acabei cedendo e as acompanhei por algumas horas, resultado: não é que as lojas desenvolveram coisas para mim também?? Realmente a Oscar Freire e o Pari são surreais.  Um, por sua beleza e qualidade, já a outra pela varidade e preço (me identifiquei bem mais com a Oscar Freire, mas meu bolso preferiu o Pari mil vezes). Para quem não conhece, o Pari é uma 25 de Março arrumadinha.  
O principal dessa visita não foram as compras (por incrível que pareça!!), e sim a convivência de todos nós nestes quatro dias (sem esquecer meu maridinho). Durante a estada das garotas aqui, Carolina se esbaldou.  Era colo o tempo todo, brincadeiras, músicas, tudo que ela tinha direito.  As avós não a deixava quieta um só minuto, e toda risadinha ou som que ela emitia era motivo para os ahhhhhs e ohhhhs.  Teve um dia que minha tia foi colocar Carolina para domir junto com ela na cama e ela ficou deitadinha, encostada no travesseiro e tudo, sem dar um pio, observando minha tia cantar…  No caso de minha mãe, acho que Carolina já reconhece a voz dela.  É só ela chegar dizendo "oi vovó!" que a neném abre um sorrisão banguela.  E para aqueles que acham que não, que é só reflexo da criança, afirmo que ela faz isso TODA vez que minha mãe fala, sem exceção.  O bacana é o ciuminho que rola entre as duas – minha mãe e minha tia.  Pela proximidade que eu tenho com minha tia, chamo ela de vó de Carolina também, afinal ela é minha segunda mãe.  Tinha horas que minha mãe ficava brincando “A avó sou eu, viu Carolina?!!? Essa aí é postiça!!!”  e minha dinda, só para sacanear dizia: “ela não sabe quem é quem…”  Vovó Aninha e Vovó Quequea, se eu deixar, vão estragar minha filha de tanta mimação.
Nesse tempo todo que elas ficaram aqui, eu fiquei pensando como seria a convivência de Carolina com a família no futuro.  Será que iremos conseguir uma convivência digna de família?  A única coisa que me vem na cabeça é quanto tempo ela vai ficar sem encontrar os tios, bisa, os avós, as irmãs… e que provavelmente vai crescer sem essa convivência diária. Será que ela vai estranhar no futuro?  Se for assim, vai estranhar todo mundo?? Ou será que ela vai achar que as irmãs moram no computador???  Hoje, a maioria dos meus amigos vivem como eu, afastados de seus familiares, e com certeza criarão seus filhos na ponte aérea como Carolina.  Por outro lado, Carolina está chegando em um mundo online, na qual tudo pode ser feito touchscreen. Como será a criação desta menina?  Será que eu consigo ser iMãe?
Vovó Quequea, Carol e Vovó Aninha
O que minha filha ganha ou perde nesta história?  Sem dúvida o convívio com a familia é essencial e ajuda inclusive a moldar a pessoa que ela será um dia. Mas na loucura desse mundão, vamos ter que encontrar soluções para driblar essa distância, agregando para ela o melhor dos dois mundos.  Eu, por exemplo, faço um videozinho todo dia das peripércias do bebê e mando para os familiares.  Assim, espero que eles consigam acompanhar um pouquinho o desenvolvimento da minha pequena.
Agora já a saudade, só a Gol, TAM e Avianca ajudam. No ultimo dia de minha mãe e minha dinda aqui, levamos Carolina para a creche antes delas irem ao aeroporto.  Na hora da saída, foi um chororô só…. Cheguei lá toda feliz apresentando minha mãe e minha tia a todo mundo da creche, para depois as duas ficarem parecendo as criancinhas da escola, chorando de se acabar.  Como dizia meu pai, minha mãe chora quando alguém vai para Feira de Santana, quanto mais sabendo que ia ficar um mês sem ver Carol.   Mas família, é isso.  Aceitar as diferenças (eu não choraria se alguém fosse para Feira de Santana), as semelhanças (mas com certeza ainda vou chorar muito na escolinha) e procurar soluções para ficarmos juntos, sempre.

Um comentário:

  1. Maricota, fique tranquila. Obviamente como vc sabe, tb sou uma "iMãe" e tudo se ajeita. A Luisa tb tem avós, tios e dindos que sempre a acompanharam e vice versa via skype, orkut, facebook, etc. Estranho isso é pra gente, pra ela sempre foi... Normal! :c)
    Como tudo, tem perdas e ganhos. Perda da convivência mais frequente, mas ganhos com a saudade - pelo menos com o que ela traz de bom. Tendo o cuidado em atualizar a todos sempre, é inevitável estabelecer um vínculo forte mesmo com distância.
    É muito lindo vê-la conversando no telefone, mandando recados, reclamando de saudade ou contando os dias para a chegada dos parentes.
    Beijos!
    Bia

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