segunda-feira, 4 de julho de 2011

Freedom

Neste final de semana finalmente rompi a primeira barreira como mãe: levei minha filha para uma festinha de aniversário junina.  Eu sempre disse que minha filha ia me acompanhar para tudo, e que eu não ia ser uma mãe escrava de filho, então, essa festinha foi minha primeira ação em defesa desta tese.  Era pertinho de casa, e começava super cedo, então eu e meu marido achamos ok para primeira “baladinha” da neném.  A festa em si foi muito bacana, reencontrei amigos antigos, conheci amigos novos, e foi muito legal ver gente diferente fora do ambiente da minha casa (principalmente pelos inúmeros elogios que eu recebi em relação a minha aparência.  Teve gente que me perguntou como era ter filho tão nova aos 16… Prontamente corrigi que eu não tinha 16 e sim 22 - J ). 
Porém preciso afirmar que como mãe, eu não me senti muito bem.  Alias quero deixar claro que a primeira coisa que eu senti foi que existiam duas pessoas dentro de mim: uma mãe, extremamente preocupada com sua cria, e outra que estava adorando se divertir em um ambiente diferente. Essas duas travaram um duelo bizarro na festa.  Minha filha, pra variar se comportou super bem.  Dormiu quase o período inteiro, não se incomodou com o barulho e mamou direitinho em um ambiente estranho.  Eu que fui o problema.  Me incomodava deixar minha filha no canto da casa, enquanto eu estava do outro lado conversando.... me sentia super culpada em deixar a coitadinha sozinha (mesmo que ela estivesse dormindo no carrinho, amarradona) enquanto eu estava me divertindo como se não tivesse filho.  Toda hora eu ia ver se ela estava bem (ela nem tchum pra mim) até o momento que eu não agüentei e fui embora para a segurança da minha casa.  De acordo com meu marido, isso é paranóia minha.  Disse que eu tenho que aprender a lidar com esta situação, se eu vou querer levar minha filha para outros lugares....  concordo e assumo que surtei um pouquinho.  Como primeiro evento, acho que tenho crédito, não?!
Minha filhota apagada durante o filme
Dando continuidade ao meu grito de liberdade, resolvi encarar um outro evento, para testar minha paranóia.  Hoje à tarde fui ao cinema com minha pequena. Calma meu povo, foi para uma sessão especial somente para mães com bebês de até 18 meses (aliás meus parabéns à ONG CineMaterna, sensacional a iniciativa!!).  Outra realidade!!!  Me senti simplesmente o máximo.  Tudo elaborado especialmente para pessoas como eu, que amam cinema e que ainda não podem deixar o bebê sozinho.  Todo o cinema é preparado para os pequenos, desde a temperatura ambiente até a altura do som do filme.  Durante a sessão, minha pequena como sempre foi uma lady: mamou, dormiu, chorou um pouquinho e tornou a dormir.  Não se incomodou com nada….. fantástica.  Depois da sessão, rolou um encontro de mamães em um café do shopping, para incentivar a amizade, e lá fui eu de coração aberto doida para fazer amiguinhas.  Foi uma excelente tarde.  Principalmente porque depois, fiquei refletindo sobre os dois eventos, e cheguei a seguinte conclusão: o que mais me incomodou no primeiro evento não foi somente a preocupação com minha filha, e sim o fato de que o estilo do evento combinava com minha realidade antiga... farra sem filhos. Eu agora estava em outra vibe.. por mais que fosse bacana participar, estar lá conhecendo e conversando com novas pessoas, o estilo do evento não combinava com que era mais importante para mim: minha filha! 
Já no evento de hoje, tudo girava em torno dos pimpolhos: na sala do cinema tinha até brinquedos e trocadores, para que as mães e os nenéns ficassem o mais a vontade possível. E principalmente, todo mundo se encantava com minha filha, assim como eu me encantava com o filho de todo mundo.  Foi a primeira vez eu consegui unir o eu-antigo com o eu-mãe, e me diverti horrores!!!!! 
No final, foi bacana perceber estas duas realidades para ir trabalhando a cabeça para formar uma nova eu, que vai conseguir aproveitar todos os eventos sem culpa!
Para completar, usei pela primeira vez o fraldário do shopping (sempre tive curiosidade em conhecer estes ambientes de shopping...) e basta falar que este fraldário especificamente era mais chique do que o próprio quarto de minha filha.  Eu ia tirar uma foto, mas depois fiquei com vergonha... afinal, ser chique é manter a pose!!!

2 comentários:

  1. Amiga, eu tenho CERTEZA de que vc vai rapidinho encontrar o ponto de equilíbrio entre a Mari de antes e a Mari de agora!
    Respeite o seu tempo...vc está indo muito bem....de verdade, eu posso não ser mamãe ainda mas tenho dezenas de amigas que já são e vc, de longe, me orgulha!!!
    Bjkas
    Lari

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  2. Maricota,
    Voce está cada dia melhor nos post. Lembre de uma coisa importante: faça tudo sem culpa, obedecendo a sua vontade. Depois nunca podemos cobrar dos filhos que deixamos de fazer várias coisas por causa deles. Aos poucos voce vai se acostumando. Como lhe disse aí em SP, voce cada dia me surpreende mais. Concordo com Lari, voce de longe também me orgulha. Sinal que eu e seu pai lhe criamos bem.
    Beijos,
    Mainha

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