terça-feira, 19 de julho de 2011

Mãe babona

Quem pensa que ser mãe é fácil é porque ainda não tem filho. #prontofalei.   Nunca achei que eu ia ser aquela mãe babaca que acha que a filha é o máximo e que cada situação com o filho(a) passa a ser uma novela.  Uma amiga minha me disse certa vez que a primeira coisa que a gente aprende ao ser mãe é parar de dizer nunca.  Tudo que você achava que nunca ia fazer quando tivesse filho, você se pega fazendo sem ao menos perceber.
Minha primeira prova de fogo foi ontem no pediatra.  Como já relatei aqui em algum post passado, estava doida para furar a orelha de minha filha.  Fora o fato de confundirem minha pequena com um menino (não sei porque isso me irritava tanto e eu já estava a ponto de partir para a agressão em alguns casos…), eu sempre achei lindo bebê com brinco, e com minha filha não ia ser diferente.  O pediatra havia me pedido para esperar pelo menos 2 meses de vida da criança, então passei o mês de julho com uma ansiedade sem fim… ficava paquerando o brinquinho horas……  Pois bem, a hora finalmente chegou. Nem por um segundo eu pensei como este brinco ia parar na orelha da minha filha, e qual seria o ritual para isso.. fui super feliz ao pediatra levando meu amado brinquinho.  Nesta mesma visita, minha filha também ia tomar as vacinas do 2o mês de vida (duas injeções) mas até ai eu ainda estava achando tudo normal.
Quando chegamos no andar da tortura (as vacinas e o furo da orelha eram dados em uma area separada, com certeza para não assustar as outras crianças…), minha filha estava numa calma que Deus deu a ela, e eu já comecei a ficar nervosa.  Pensava: “tadinha, mal sabe ela o que vai acontecer…” fui ficando com dó dela antes mesmo de começar o processo.  Quando eu vi, era eu que estava entrando em desespero e ficando morrendo de medo da picada.  A tia da vacina chegou toda simpática e disse:  vamos furar a orelha primeiro, porque depois da vacina ela vai ser difícil furar...como assim?!?!?!?!?! O que ia acontecer com meu bebê??? O desespero foi aumentando.  A gota d’água foi quando a tia foi furar a orelha, e disse que não ia pegar no neném porque estava com as mãos frias, ou seja, era eu quem tinha que segurar a criança para que ela fizesse o serviço.  Não preciso nem dizer que amarelei.  TOTAL.  Pedi ao meu marido para que assumisse seu papel de pai e sai correndo da sala, tremendo e chorando… foi simplesmente desesperador ver minha bebê deitadinha na cama, toda linda, sabendo que ela ia sofrer nos segundos seguintes!!! 
Meus olhos azuis e meus brinquinhos....
Eu só voltei para a sala depois que o furo e as vacinas já haviam sido dadas…. e para a minha surpresa, minha filhota já estava sem chorar e LINDA de brinquinho.   Tudo bem que na hora pensei que o brinco tinha ficado muito grande, mas confesso que achei o máximo. Meu marido disse que ela chorou na hora da vacina, e que no furo, ela se assustou muito mais do que sofreu.
Que bom... pra variar, minha filha sempre uma lady! Após este episódio, não canso de beijar e abraçar minha filhota… acho que é um orgulho misturado com culpa por ela ter passado por este desafio tão bem, e eu nem tanto…
O resultado não poderia ser melhor:  minha filha vacinada e pronta para curtir seu 3o mês de vida, lindíssima com seus brincos de ouro e eu, feliz por aceitar ser uma típica mãe babona e babaca, lambendo eternamente sua cria!!

2 comentários:

  1. Maricota,

    Agora sim voce caiu que ser mãe é padecer no paraíso. Lembro quando ficava acordada a noite toda esperando voce chegar das festas e pensava, um dia ela ainda vai ser mãe. Mas o importante é que tudo isto vale a pena.
    Carol está linda.
    Beijos,
    Mainha

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  2. Mari,
    o seu blog tá demais. Fotos lindas e textos super divertidos. Chorei de rir com a história do cocô - é, eu sentei agora para ler um monte de posts.
    Sua filhota tá linda, linda, linda, ainda mais de brincos. E vc como mãe tá arrasando!!! É um show de franqueza bem humorada e de autenticidade. Demais!
    Bjs,
    Julia
    PS: O comentário de Tia Aninha aí em cima também tá demais. Morri de rir mais um pouquinho pensando nas vezes em que chegamos - as duas - super tarde na sua casa. É, Tia, um dia eu também vou ser mãe! Bjs!!!

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