domingo, 14 de agosto de 2011

Reboleishon

PC: Reboleishon = Balanço Baiano para os leigos.

Nesta sagrada colina...
Nosso curto período de férias em Salvador acabou…  ao total foram 340 colos, 500 indicações do que eu devia ou não fazer com minha filha (algumas nem sempre bem aceitas), 5 almoços  / jantares em restaurantes fantásticos da cidade, e muito muito calor baiano de todos os amigos e parentes que fizeram questão de nos ver, para dar aquele abraço.
Foi um ótimo período mas eu, ao contrário de minha filha que estava AMANDO os inúmeros colos e mimos que recebia, já estava louca para voltar pra casa.  Sem desmerecer a casa de mainha, estava com saudade das minhas coisas, minha cama, meu espaço …  Descobri que estou ficando velha e paranóica; fazer o que se a idade chega para todos?!  Mas antes de sucumbir aos caprichos da velhice, tinha algumas coisas que eu precisava fazer na Bahia, para fechar nossa estada com chave de ouro. 
A primeira, é óbvio, foi um pitstop na Ceasinha, para abastecer meu estoque de farinha, beijus, sequilhos e cocadas.  Baiano que vai a Bahia e não volta com uma sacola cheia de comida não é baiano.  Foi uma pena que não consegui comprar minha carne de sol, mas minha mãe vai tentar mandar por uma amiga (parece contrabando, né?!). 
A segunda coisa era finalmente ir no Bonfim, benzer minha filha.  Lá na Bahia, temos o costume de quando compramos algo novo (como um carro por exemplo), levamos ao Bonfim para benzer, ou seja, para ter uma proteção extra.  Não foi um carro novo, mas um bebê novo, então vale a mesma regra.  Lá fui eu, minha mãe, minha vó e minha amiga Thais para o outro lado da cidade, benzer a pequena.  Ela, para variar, nem tchum para nada.  Dormiu no caminho e só acordou com o sol no rosto ao sair do carro.  Ao chegar na igreja, ficou admirando o altar, não por ser o altar em si, mas pelas bandeiras coloridas que estavam na decoração.  Sem problemas, dei um banhozinho na testa com água benta, falei um pouquinho com o Sr. do Bonfim, e tava feito: minha bebê estava protegida como  uma boa baiana (quem neste exato momento estiver pensando “mas ela não é paulista?!” pode tirar o cavalinho da chuva.  Carolina vai crescer como boa baiana e carioca, falando oxente e caraca, e se eu conseguir, NUNCA vai falar MEU, PORRRTA, etc).  Para completar o ritual, saimos de lá para a Sorveteria da Ribeira, para tomar um bom sorvete de coco verde.  Nessas horas, é uma pena a neném só tomar leite materno.  Ela ia adorar o sorvete… mas voltaremos depois e tenho certeza que vou me arrepender, quando ela começar a fazer bagunça.
Feito isso, estava pronta para voltar para casa.  Não vou negar que quando as pessoas começaram a se tocar que eu ia embora e ficavam tristes, meu coração começou a ficar apertado. É uma judiação tirar uma bebê tão pequenininha e amada do dia a dia deles, mas c’est la vie.  Vamos todos aprender a lidar com a mudança.
Quem pareceu não sentir foi a pequena.  Fez um vôo de volta perfeito, só acordando quando chegou em casa, e aqui em SP passou a dormir como uma pedra a noite (chegou a 7h seguidas!!).  O mapa astral dela já diz que ela adora a segurança de sua casa e suas coisas, então por incrível que possa parecer, acho que ela sentiu isso quando chegou..
Carolina e o sorvete de côco verde
Como não podia deixar de ser, ela já está toda entupida, graças a boa qualidade do ar de SP e a mudança de temperatura, mas nada que uma boa nebulização e uma porrada de soro fisiológico não resolva!
No mais, estou feliz de estar em casa, como já disse.  Para comemorar, aproveitamos que as filhas e o pai de meu marido estavam aqui para o dia dos pais, e fizemos um churrasco aqui no quintal.  E churrasco sem amigos queridos não é churrasco, então, já matamos a saudade dos amigos daqui de SP (amigos que já são família na verdade…).  Ainda falta encontrar muita gente, então galerinha de Sampa, estamos na área e morrendo de saudades!!!

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