segunda-feira, 27 de junho de 2011

Amiga ou vilã?


Minha filhota com seu fiel escudeiro
Chupeta.  Na minha cidade chamamos de “bico”e eu, carinhosamente, aprendi a chamar de Bubu.  Lembro como se fosse hoje do dia em que parei de usar o bubu.  Devia ter uns 2 a 3 anos (mãe, me corrija se eu estiver errada, por favor...) e foi na festinha de São João da minha escolinha.  Sem dó nem piedade, joguei meu amado bubu na fogueira de São João.  Não lembro de ter ficado com nenhum trauma ou de ter sofrido por isso... porém, se isso aconteceu a 29 anos atrás e eu lembro ainda hoje, é porque boa coisa não foi.   
Existem milhões de opiniões a respeito do bubu.  Quando eu estava grávida, o que eu mais ouvia era gente dizendo: não vai deixar sua filha viciada na chupeta; eu nunca usei chupeta no meu filho e ele é super saudável;
Não sei porque, passei a gravidez pensando que chupeta não era uma boa coisa. O fato da maternidade informar POR ESCRITO que não iria utilizar chupeta nos nenéns (independente da vontade da mãe), corroborou com esta imagem negativa do coitado do bubu.  Me lembro claramente conversando com minha prima logo que minha filha nasceu, sobre este assunto:
ELA – Está preparada para colocar a chupeta em sua filha? (detalhe: eu ainda estava no hospital)
EU – Nãaaaao.. minha filha só vai usar se não tiver jeito,e  se começar a chupar o dedo (antes a chupeta!!!!!!), disse eu, cheia de razão...
ELA – pois se prepare, porque minha mãe (minha dinda que estava chegando em poucos dias..) adora enfiar a chupeta nos nenéns então, sua filha não vai ter menor chance.
Fiquei desesperada.  Queria que minha filha tivesse uma chance.... me lembro de ter achado minha dinda uma vilã, sem ela nem ter chegado.  Já tinha começado a pensar em como falar com ela sem criar nenhuma situação ruim... afinal, não queria ninguém enfiando chupeta em minha criança... como assim?!!?!?
Não deu nem tempo de minha dinda chegar. No primeiro final de semana em casa, minha filha já foi apresentada para o bubu.  Na primeira vez que ela chorou com vontade, antes de dormir, minha mãe sugeriu a chupeta. Não deu outra: a criança pegou “de-com-força”. 
Em inglês, chupeta significa pacifier, ou seja, pacificador.  Ela tem a principal função de acalmar a criança.  Deus do céu como isso é bom, vocês nem imaginam.  Com o passar do tempo, quando comecei a entender minha filha, comecei a ver que tem momentos que a chupeta é que nem jesus: só ela salva.  Mesmo assim, a dúvida ainda pairava: é bom ou ruim incentivar o uso da chupeta em recém nascido?
Na primeira consulta do pediatra, a resposta foi clara.  Uma das primeiras perguntas dele foi: ela já pegou a chupeta?  Prestem atenção no JÁ.  Isso me deu uma calma maravilhosa... então é normal, ela já devia estar com a chupeta.  Ai vai a explicação dele:  nessa idade, a neném está aprendendo a sugar, então tem a necessidade de sugar alguma coisa.  Se não fosse a chupeta, seria meu peito (ninguém merece tal  escravidão) ou o dedo (pior opção de todas – tirar a chupeta depende dos pais, já o dedo ela controla).  Só um parênteses:  a primeira vez que minha filha chupou o dedo, ficou tão linda, mas tão linda, que eu tive que procurar força no cosmos para tirar o dedinho.  Muito fofa!!! 
Enfim, hoje em dia, minha filha convive muito bem com o bubu: são grandes amigos.  A única reclamação que tenho atualmente é que algumas vezes, quando ela está quase dormindo e o bubu por algum motivo sai da boca, ela começa a reclamar e acorda...  ai, lá vem a mamãe, do quarto ao lado, colocar o bubu de volta e começar a jornada de novo!!! 
Fora isso, li uma reportagem essa semana que dá à chupeta mais um benefício:  ela inibe a morte súbita do bebê.  Na minha nóia de mãe, toda noite eu enfio a chupeta na criança só para garantir.  Meu marido ainda não aceitou muito bem.  Ele acha que só devemos colocar a chupeta se ela chorar… ele está certo, mas é mais forte do que eu.  Quantas mães acordam no meio da noite só para ver se o filho está respirando?  Eu sou uma delas.... então: viva a chupeta!  Quando for a hora, tenho certeza que descobriremos uma forma de passá-la adiante, sem grandes traumas.  Se não, já vou guardando dinheiro para uma boa terapia!!!!

4 comentários:

  1. Isso mesmo minha prima! VIVA A CHUPETA, O BICO OU O BUBU, COM QUERIRAM CHAMAR!
    Lucas jogou o dele para o cachorro de tia Emilia, no dia que o Brasil foi eliminado da copa!
    Agora a luta é outra! CAda fase com os seus desafios! Curta cada segundo!

    Um beijo! Amo vcs!

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  2. Mari,

    Tia Cal me passou o link de seu blog a um tempo...não sei se vc sabe mas tb estou gravida(agora com 19 semanas).Tem sido otimo para mim acompanhar as suas descobertas como mãe...afinal este periodo da gravidez é cheio de duvidas,ne?
    Em relação ao bubu,como dentista,posso te dizer que relaxe!Nesta fase o bebe tem realmente uma necessidade de sucção que nem sempre é satisfeita com a amamentação...por isso o bubu acalma tanto!Só se certifique que a chupeta é ortodôntica e claro que não deve continuar usando até mais de 2 anos.
    Bjss
    Thaís(filha de Nane)

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  3. Maricota,
    Com certeza foi com 2 anos e 4 meses, mas exatamente São João de 1982, pois eu, como estava gravida de Guio fiquei desesperada para tirar a chupeta antes dele nascer, porque senão já pensou voce com 4 anos chupando bubu? Quando Guio nasceu voce já estava desacostumada e nem se animou com o bubu dele.
    Estou morrendo de saudades.
    Beijos,
    Mainha

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  4. Ixi, amiga, se pudesse levaria chupeta pra maternidade. A Luisa pegou no primeiro dia em casa, depois de uma noite com o peito sendo feito de chupeta.
    Quando ela tinha 2 anos e 2 meses, ela topou dar pro Papai Noel. E fim de história, nenhuma noite chorando, pedindo, nada.
    Sou totalmente a favor, desde que a mãe se empenhe pra tirar (sim, pq dá muuuita pena e geralmente a gente que se acovarda na decisão).
    Outra coisa bacana que acalma e alivia cólica, apesar de a Carol não ter: Funchicórea. Do tempo do ronca, sem contra-indicações.

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