domingo, 12 de junho de 2011

Love is in the air

Ho, Ho, Ho.  Não, data errada. Feliz dia dos namorados a todos. Aeeeee.  Love to everybody.
Ahhh o amor.  Tem coisa mais linda que o amor?  Não, não tem.  A cada dia que passa eu viajo em como uma palavra pode ter tantos significados distintos e ao mesmo tempo sempre significar a mesma coisa.  John tinha razão: all you need is love.
Quando você é adolescente, o amor tem um significado platônico.  No meu caso, que sou de peixes então, nem se fala (minha cunhada vai estar concordando nesse exato momento!).  Amor impossível, amor platônico, amor de novela, amor de filme.  Eu amava John Travolta em Grease... sonhava com ele vindo atrás de mim cantando "tell me more, tell me more...".  Depois, vamos crescendo, e o amor deixa de ser uma utopia e passa a tomar forma.  Uma companhia, um carinho, uma palavra, uma pessoa.  Que doido.  E mesmo depois que descobrimos o amor na sua forma palpável, ainda nos surpreendemos com as mais inusitadas situações.  Quantas vezes eu fiz coisas que nem imaginava por meu marido e depois pensava: eu só posso amar esse cara, para fazer isso (sem pensamentos maldosos, por favor).  Freud explica e minha psicologa também.  Tem o amor de familia, o amor de amigos....  tem o amor, que aumenta ainda mais quando a gente perde.... esses são mais difíceis, mas faz parte.  A distância tende a disfarçar o amor, mas a saudade só acentua.  Quando meu marido viaja, eu fico doida. Doida mesmo, quero falar com ele toda hora, todo dia, cada minuto.  Sofro só em pensar que ele vai ficar fora.  Haja carência. Imagina quando minha filha for dormir na casa da vó.  Mas o amor faz isso com as pessoas, não é mesmo?!!?  Potencializa uma carência já existente.
Ontem uma grande amiga minha e seu marido vieram nos visitar, e ficamos conversando como vai ser o amor na geração de minha filha.  O que vai ser normal nessa nova sociedade?  Quais serão os novos valores?  Terão novos valores ou simplesmente a gente que ficará velha?! - bem, isso é um fato. 
É uma realidade que a sociedade atual deu uma surtada no que diz respeito a valores e relações amorosas.  Crianças de 11 anos já ficam com vários em festas, dançam funk com shortinho menor que a propria calcinha, ao mesmo tempo, tem gente matando outro por causa de uma opção de amor... Jesus tem poder.  Agora eu entendo minha vó quando ela quase desconfiou que eu já tinha beijado na boca de mais de um cara na minha vida.  Como eu vou conseguir criar uma criança, ainda mais menina, neste novo universo que é tão louco para mim?  Na minha época, eu brinquei de barbie até 14 anos (tudo bem, eu já assumi que fui meio retardada)... mas minhas amigas não eram piriguetes (podem até ter se tornado depois..hahahahaahaaha, mas ai já eram maiores de idade!) e meninos só foram ficar interessante lá para os 15 / 16 anos.  Não existia facebook ou msn para que eu ficasse horas conectada....  O maximo que acontecia era ficar no play do prédio, brincando....
De acordo com minha amiga (e acho que ela tem razão neste ponto), o dificil está sendo para esta geração de agora, que está explodindo de novidades.  Quando chegar a vez de minha filha, nós, pais, já estaremos mais safos com esta nova sociedade e poderemos dançar melhor conforme a música.  A dificuldade atual está exatamente aí: tudo mudou tão depressa que a gente não consegue acompanhar e muitas vezes direcionar no que é certo ou errado, porque quando viu, já foi.  Somos outs. 
Eu fico brincando direto que minha filha já tem 03 namoradinhos, por ordem de nascimento: um em BH, outro em Salvador e outro em SP.   Já ficam trocando fotos e juras de amor online.  Meu marido vai surtar, já, já.  Ele já tem duas filhas (entrando na adolescencia) e já tem que se preocupar com uma recém nascida!!!  É obvio que ela, como qualquer criança, assim que tiver juízo e opinião própria, vai acabar com os três só porque fui eu quem comecei a brincadeira... tomara.  Quero educar minha filha para que ela tenha opinião própria, contanto que não seja diferente da minha.. :)  Mentira.  Mais ou menos: pelo menos nas roupinhas, espero que ela concorde comigo.  Filha minha não vai andar baranga.  Não vou deixar, nem que tenha que amarrar. O resto a gente conversa depois.
Para finalizar, gostaria de descrever uma cena que me surpreendeu do amor.  Quem conheceu meu pai sabe que ele era a pessoa menos romântica da face do universo.  Durante anos, eu que comprava presentes pra minha mãe, escrevia os cartões e só avisava a ele: comprei isso e escrevi isso.  Ele ficava orgulhosissimo, como se ele próprio estivesse feito.  Minha mãe mesmo falava, cansei de esperar minha filha.  No dia dos namorados do ano passado, ele mandou flores para minha mãe por conta própria e escreveu um cartão: Para minha namorada!  DE PRÓPRIO PUNHO, minha gente.  Achei tão lindo, tão lindo....  (mesmo minha mãe falando que logo em seguida, eles quebraram o maior cacete.. normal, se não fosse assim, não seria ele) E como se adivinhassem, as flores duraram meses...
O amor permanece, sempre.   Então meus amigos, deixem o amor fluir, independente da forma que ele apareça.  Passe sempre adiante.  Porque ele sempre volta e é maravilhoso.....

PS: em homenagem ao dia dos namorados, coloquei a primeira calça jeans na minha filha (criança moderna...), só que depois não gostei, porque ela ficou parecendo um menino....  preciso furar a orelha dessa criança já!

3 comentários:

  1. O amor permanece sempre,assim como as lembranças. Não existe a palavra esquecer, impossível. A gente só tem que aprender a conviver com a falta, a saudade e com esta nova etapa da nossa vida. Isto tudo sendo feliz, dando risada, enfim, vivendo de novo, afinal, fomos acostumadas a viver com alegria. Cada dia é um novo dia e com certeza coisas boas virão.

    ResponderExcluir
  2. ela tem uma carinha de tranquilidade ah é filha de baiana...tinha que ter mesmo hehe
    xo

    ResponderExcluir
  3. Tá na Veja dessa semana, as crianças estão aprendendo tudo mais rápido: Ler, escrever, falar, fazer coisas que a gente tb não fazia. Com isso, inevitavelmente amadurecem sexualmente mais cedo também.
    Educar e dar limites não é fácil, não. É gratificante quando a gente vê que tá dando certo, mas é muito duro. A gente tem que fazer um meio termo entre o que é aceitável e o que é simplesmente sinal dos novos tempos, consequência do bombardeiro de informações que nós e o mundo damos a eles. Não dá pra querer que sejam maduros em X e não em Y. É o pacote todo. Aí, mais uma vez, entra a questão dos limites.
    Como diz a música do Coldplay, "Nobody said it was easy"...

    ResponderExcluir