sexta-feira, 17 de junho de 2011

MAINHA

Quem fica acordada até você dormir?  É a mãe.  Quem limpa seu cocô? É a mãe.  Quem te alimenta através do próprio corpo (essa é o que eu chamo de grande sacada da natureza)?  É a mãe.  E quem está isenta de qualquer xingamento se não a casa cai em qualquer discussão?  É a mãe também. Mãe é mãe e não se fala mais isso. 
Minha mãe foi embora a pouco, e eu já posso afirmar que estou momsick.  Apesar de amar minha individualidade com meu marido (já falei disso aqui em outro post) e estar louca para começar minha vida a três literalmente, vai ser difícil me acostumar a não ter minha mãe aqui comigo.
Não que eu estivesse dependendo dela para dar conta da minha filhota;  modéstia parte, estou me saindo muito bem na prática de ser mãe, mas a companhia de minha mãe neste mês durante esta parte prática, foi sensacional.  Confesso que estava um pouco receosa de tê-la aqui por tanto tempo seguido em um período meio crítico para mim.  Eu ia começar uma relação com minha filha já tendo uma terceira pessoa (que não era meu marido), compartilhando alguns momentos.  E se ela achasse que eu estava fazendo alguma coisa errada só porque não era do jeito que ela fazia?  E se ela não se desse bem com meu marido nesse tempo todo? E se ela quisesse assumir o meu papel???? 
Quando estava grávida, algumas pessoas me disseram o risco de ter a mãe presente o tempo todo, que poderia gerar stress em casa, etc, etc.  Teve até gente que me disse que optou por não convidar a mãe porque era problema certo.  Imagine?!!  Eu nunca pensei em não convidar minha mãe, ok, mas estava receosa. 
Minha mãe foi fantástica.  Primeiramente porque veio de mente aberta, me deixando aprender sozinha e me ajudando sempre que eu precisava.  Importante: sempre que EU precisava e não quando ela achava que eu precisava.  Segundo porque ela logo entendeu o maior benefício que ela podia me dar: sua companhia.  Eu estava sentindo falta de minha mãe fazia um tempo.  Não fisicamente, porque havíamos nos encontrado a pouco tempo antes, mas emocionalmente.  No ano passado passamos todos por um baque muito forte, e desde então, as coisas estavam meio diferentes entre todos nós. Cada um estava vivendo seu momento (legiítimo) e estávamos descobrindo uma nova forma de nos relacionar sem uma peça fundamental que estava faltando.  Posso dizer que foi e ainda é um período muito difícil.  As conversas que no passado fluíam tão facilmente entre nós duas, tinha ficado diferente, dada a tamanha mudança que cada uma de nós estava passando. Sem contar que as duas começaram a fazer terapia então, imagina.  Cada uma estava se redescobrindo e reavaliando uma porrada de coisa.  Enfim, a vinda dela para cá neste tempo foi o que a gente precisava para organizar nossa vida.  As horas e horas de conversa noturna durante a amamentação foram fantásticas, e a nossa cumplicidade em torno da pequena foi maravilhosa.  Trabalhávamos em equipe mesmo, uma dando suporte a outra.  Não que minha filha desse muito trabalho, mas confesso que fazer tudo em companhia de alguém tem mais graça (de novo minha carência aflorando...).
Outra coisa bacana que eu achei desse período foi o posicionamento de minha mãe como vó.  Sempre achei bizarro aquelas avós que acham que também são mães dos netos e acham que tem que educar.  #prontofalei.  Para mim, a educação dos filhos é única e exclusiva responsabilidade dos pais, cabendo aos avós, tios, primos e amigos, amarem o neném na sua melhor forma, respeitando a educação que lhe foi dada, independente de aceitar ou não. Eu sei que nem sempre é culpa dos avós, que tem muitos pais que simplesmente terceirizam a educação dos filhos, porque é muito mais fácil....  Tantos e tantos exemplos que temos disso!!  Tem hora que dá raiva!!!  Mas não estou aqui para julgar, só faço isso internamente (e compartilho com meu marido – ainda não sou esse ser evoluído).
Bem, resumindo, vó é algo sensacional.  É alguém que vai ficar do seu lado quando nem sua mãe vai (várias vezes eu acordava meu bebê para mamar, e minha mãe quase chorava dizendo “Ôooo Judiação” "Mãe, a criança tem que comer!!!!” dizia eu).  Minha filha tem é sorte, porque além da minha mãe, tem uma bisa mais do que ativa (olha que maravilha), uma outra vó (minha dinda que é minha segunda mãe) e um avô.  Fora as irmãs e os inúmeros tios e tias, doidos para encher essa criança de mimos!!! Para resumir, minha mãe outro dia falou uma coisa fantástica: “Tô de saco cheio de educar. Chega!! Já foram dois, agora eu quero e mimar e curtir!”  Perfeito: vamos juntas então, como uma equipe, sempre.

3 comentários:

  1. Maricota,
    Com certeza além da alegria da chegada de Carol nossas conversas foram maravilhosas e deu a gente a oportunidade de mostrar nossos medos, conversar sobre coisas que pareciam complicadas e entender definitivamente que estamos sofridas mas cada uma do seu jeito, procurando de novo voltar a ser feliz. Voltei mais leve, mais forte e com a certeza que tenho em voce além de uma filha maravilhosa, uma alidada que quer me ver bem, alegre como sempre fui. Estou morrendo de saudades. Beijos

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